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Grandaddy: banda de rock com homens sensíveis

Uma banda de homens sensíveis, metáforas de amor, teclados suaves e uma voz de deixar qualquer um arrepiado. Embora não seja uma banda “gay”, os californianos do Grandaddy têm uma identificação intrínseca conosco. Pelo menos, com os gays que gostam de rock. Desconhecidos do grande público aqui no Brasil, os cinco barbudinhos de Modesto, uma pequena cidade no centro da Califórnia, lançaram quatro álbuns antes do término da banda este ano. São eles “Under the Western Freeway” (1997), “The Software Slump” (2000), “Sumday” (2003) e “Just Like the Flamby Cat” (2006). Todos perfeitos. Pra quem não foi ao show do Grandaddy, agora resta ouvir o seu excelente trabalho e tentar imaginá-lo no palco. As letras da banda falam sobre a relação entre o frenesi tecnológico das metrópoles e o ruralismo das pequenas cidades. “Hewlett’s Daughter”, “Jed the Humanoid” (que narra a morte do “amigo computador”) e “Broken Household Appliance” deixam claro que nossas vidas se entrelaçam com as máquinas de uma forma nunca vista. Prenúncio de uma revolução? Humanóides à vista? Para o Grandaddy, sim. As paisagens do ensolarado estado natal da banda também são representadas nas belas e melancólicas faixas: “El Caminos in the West”, “The Crystal Lake”, “Under the Western Freeway”… Com o advento da internet, os gays têm uma importante arma para trocar informações e experiências. E os barbudinhos do Grandaddy cantam a simbiose máquina-humanos como ninguém.

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