Após a renúncia de Fidel Castro ao comando de Cuba, o Grupo Gay da Bahia (GGB) exige que o ditador faça então uma reparação e “peça perdão pelos graves erros da revolução cubana, responsável pela desmoralização, perseguição, prisão em campos de concentração com trabalho forçado, tortura, expulsão e morte de milhares de gays, travestis e lésbicas”.
Segundo informes oficiais, o governo de Cuba chegou a deportar cerca de 1.700 “homossexuais incorrigíveis” para os Estados Unidos. O GGB, em nota, relembra que o governo de Fidel Castro perseguiu inúmeros artistas e escritores, tais como Virgílio Piñera, Lezama Lima, Gallagas, Anton Arrulat e Ana Maria Simo. “E também o poeta norte-americano Alien Ginsberg, expulso por ter divulgado que o irmão de Fidel, Raul Castro, era homossexual enrustido”.
O antropólogo Luiz Mott, fundador do GGB, declarou que a entidade dispõe de duas dezenas de cartas de gays cubanos, recebidas nos últimos 30 anos, “todos buscando avidamente um companheiro no Brasil para fugir do inferno que ainda hoje representa ser gay num país que não aprendeu a lição de Che Guevara”.
Em função destas denúncias, o GGB realizará em março na cidade de Salvador uma exposição de fotos e depoimentos, todos documentando a homofobia existente em Cuba.