Depois que o filho foi expulso da Escola Estadual Monsenhor Gonçalves, em São José do Rio Preto, na última semana, por ter dado um beijo em outro colega do mesmo sexo, a mãe do jovem de 16 anos pediu transferência da escola.
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A diretora Regional de Ensino, Maria Silivia Nakaoski, confirmou a transferência ao G1 e disse que ainda está conversando com todos os envolvidos do caso. Ela ressalta que o beijo no banheiro foi uma postura inadequada.
"Temos de ouvir a escola, os envolvidos, não posso dizer se foi adequada a suspensão. O que não é permitido dentro da escola é namorar, A escola não é lugar para namoro, tanto faz se o casal é heterossexual ou homossexual. Manifestações de carinho tudo bem, mas namorar não", disse.
A declaração ocorreu depois que cerca de 100 manifestantes foram em frente da escola na segunda-feira (6) protestar com faixas e cartazes. A estudante Isabelle Del Bianco afirmou que o colega quis sair da escola por foi "uma humilhação muito grande" e que o outro colega vai "passar por um conselho para saber se ele vai permanecer ou se retirar".
O advogado Vinícius Almeida Domingues, que tem uma filha na escola, declarou que a direção foi intransigente. "É uma história de preconceito sim, porque se tem outros casais se beijando, com atitude de carinho, o casal homossexual também tem o mesmo direito", diz o advogado.
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A aluna Ana Carolina Cabral diz que a escola não cumpriu com o papel de acolher os alunos. "Por mais que um beijo não seja um ato de se fazer dentro da escola, nenhum casal heterossexual foi convidado a se retirar por causa de um beijo. A escola precisa ser orientadora e acolhedora, e ela não foi, simplesmente quis tirá-los da escola".
A Secretaria Estadual de Educação informou por meio de nota que está averiguando o caso. "Foi feito um protesto baseado no aluno, na fala do aluno, mas a escola não foi ouvida". À reportagem, a diretora que suspendeu os estudantes não quis se pronunciar. Já os alunos seguem expulsos por três dias.