Em um movimento que chocou muitos fiéis, a Igreja Metodista Unida (IMU) decidiu, durante a Conferência Geral de 2024, abraçar abertamente a ideologia LGBT, reavaliando suas posições históricas sobre a sexualidade e o papel dos líderes religiosos. Este é um marco significativo para a segunda maior denominação protestante dos Estados Unidos, que há décadas mantinha uma posição contrária à prática homossexual.
Desde os anos 1970, a IMU afirmava em seu Livro de Disciplina que “não condona a prática da homossexualidade e a considera incompatível com o ensino cristão”. Em 1984, o texto foi ainda mais específico, proibindo que homossexuais assumidos fossem ordenados como ministros ou candidatos ao ministério. No entanto, a decisão recente, com uma votação esmagadora de 692 a 51, sinaliza uma reviravolta completa, declarando que a homossexualidade não é mais vista como imoral ou incompatível com as Escrituras.
Joseph Backholm, do Conselho de Pesquisa Familiar (FRC), explicou que este resultado já era previsto devido à saída de mais de 7.000 igrejas conservadoras da IMU nos últimos anos. Essas congregações, discordantes da direção progressista da denominação, deixaram uma maioria que agora favorece políticas mais inclusivas.
Os argumentos para essa mudança foram variados. O reverendo James Howell destacou que jovens e cínicos não ouviriam a mensagem de Jesus se a igreja não aceitasse aqueles que amam e cuidam de pessoas LGBT. No entanto, críticos como Backholm afirmam que a igreja está criando uma versão fictícia de Jesus para agradar a um público moderno, desviando-se da verdade bíblica.
A decisão gerou debates intensos sobre como os cristãos devem responder a tais mudanças culturais. A mensagem principal é a necessidade de permanecer firme na fé, mesmo diante da pressão para se conformar aos padrões do mundo. Como disse o ex-congressista Jody Hice, o conflito com o mundo é parte do custo do discipulado, e é essencial que os cristãos apresentem Jesus como Ele realmente é, sem modificar Sua doutrina para torná-lo mais palatável.
A adoção da ideologia LGBT pela IMU representa um desafio significativo para aqueles que defendem uma interpretação tradicional das Escrituras. Este evento destaca a crescente tensão entre a fé religiosa e as mudanças culturais, exigindo dos cristãos uma postura firme e resoluta na defesa de suas crenças.
Esta mudança na IMU não apenas redefine sua posição teológica, mas também serve como um reflexo da crescente influência de movimentos progressistas dentro de instituições religiosas. A maneira como os fiéis responderão a essa nova realidade será crucial para o futuro da denominação e da expressão de sua fé.