O musical “Here You Come Again”, inspirado na obra de Dolly Parton, foi interrompido na última quarta-feira em Manchester, Reino Unido, após uma espectadora proferir insultos homofóbicos durante a apresentação. O incidente ocorreu quando a mulher expressou sua indignação ao ver um personagem gay no palco, levando a uma reação em cadeia entre o público e resultando na interrupção do espetáculo por cerca de 20 minutos. A situação só foi resolvida com a expulsão da mulher do teatro, após a saída do elenco em protesto.
Stevie Webb, um dos atores da produção, compartilhou sua indignação em um vídeo no TikTok, enfatizando que esse tipo de comportamento tem se tornado uma ocorrência regular em suas apresentações por todo o país. “É inacreditável a quantidade de pessoas que precisamos expulsar devido à homofobia. Só nesta semana em Manchester, uma pessoa foi retirada do show por gritar ofensas”, disse Webb. Ele também destacou que a presença de um personagem gay deveria ser esperada em uma produção de Dolly Parton, reconhecida como um ícone LGBT e defensora do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Webb expressou como esses incidentes o fizeram perceber a realidade da homofobia presente em muitas partes do Reino Unido. “Estamos em uma bolha na nossa indústria e, ao viajar pelo país, é chocante ver quantas pessoas não conseguem suportar a representação de personagens gays no palco”, comentou. Esta situação reflete um problema maior de aceitação e respeito à diversidade, que ainda persiste em muitos ambientes, inclusive no entretenimento.
Casos de interrupções homofóbicas não são novos; recentemente, o ator Andrew Scott também teve que pausar sua performance de “Hamlet” devido à distração causada por um espectador que usou um laptop durante uma cena crucial. Essas situações revelam um desrespeito contínuo e uma falta de compreensão sobre a importância da inclusão e representação no teatro e nas artes em geral. O “Here You Come Again” não é apenas um espetáculo musical; é um espaço de celebração da diversidade e da aceitação, e episódios como esse ressaltam a necessidade urgente de educar o público sobre respeito e inclusão no espaço cultural.
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