Na quinta-feira (10), autoridades do Irã comunicaram a prisão de pelo menos 17 homossexuais que participavam de uma festa de aniversário em um salão em Kermanshah, fronteira com o Iraque.
Segundo informações do The Guardian, os homens saíram do local com os olhos vendados e tiveram os celuares confiscados. A polícia afirmou que o grupo já estava sob investigação e que, além de homossexuais, trata-se de um grupo de "adoradores do diabo".
No Irã, qualquer pessoa homossexual ou que tenha envolvimento com a homossexualidade, como, por exemplo, "esconder" algum parente, pode ser severamente punidos. As punições variam de acordo com sua prática sexual. Gays passivos são condenados à pena de morte enquanto os ativos são açoitados com 100 chibatadas.
Jornalista preso
Em setembro de 2007, o ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad negou que existissem homossexuais no Irã. O jornalista Siamak Ghaderi, que trabalhava para uma agência de notícias, resolveu então publicar uma série de reportagens sobre a vida de homossexuais no país islâmico.
Após a repercussão das matérias, Ghaderi foi preso e mais tarde condenado à prisão. Atualmente o jornalista cumpre pena de quatro anos por "insultar o presidente" e "espalhar propaganda contra o regime". Segundo a imprensa internacional, Ghaderi teria recebido 60 chibatadas durante um açoite em 2012.