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“Isso não tem a ver com convicções religiosas” diz Cristina Kirchner ao assinar lei da união gay

Cristina Kirchner, presidente da Argentina, sancionou ontem a lei que permite o casamento gay no país. Ao assinar a lei, na Casa Rosada, em Buenos Aires, Cristina fez um breve discurso lembrando Evita e ressaltando a importância da mudança social na Argentina.

"Eu não sei como se sentia Eva Perón quando presenciou a sanção dos direitos da mulher há 58 anos. Hoje [com a aprovação da lei] somos uma sociedade um pouco mais igualitária que na semana passada", disse.

A lei, que garante os mesmos direitos concedidos casais heteros, como a adoção, foi aprovada na quarta-feira passada pelo Senado, depois de ter passado pela Câmera

A presidente recebeu ainda durante a cerimônia uma placa em homenagem ao seu "compromisso e valentia na defesa da igualdade e construção de um país para todos e todas" da Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans (FALGBT).

Ao fim, Cristina fez referência as críticas da Igreja Católica e dos setores religiosos que são contrários a lei. "Isto, dentro de alguns anos, vai ser um debate absolutamente anacrônico. A realidade vai mudando. Isso não tem a ver com convicções religiosas" afirmou.

O primeiro casamento gay na Argentina já tem data para acontecer. Será no dia 11 de agosto, entre o casal Martín Peretti Scioli e Oscar Marvich.

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