A tão aguardada sequência de “Joker”, intitulada “Joker: Folie à Deux”, tem gerado muitos debates e críticas, especialmente por sua abordagem ousada e inesperada. Com um orçamento de produção de $200 milhões, as expectativas eram altas, mas o filme, que estreou recentemente, arrecadou apenas $200 milhões em vendas de ingressos em todo o mundo. Essa performance decepcionante contrasta fortemente com o sucesso estrondoso do primeiro filme, que faturou $1 bilhão e recebeu 11 indicações ao Oscar, incluindo a vitória de Joaquin Phoenix como Melhor Ator.
“Folie à Deux” traz de volta Phoenix e o diretor Todd Phillips, além de adicionar a estrela Lady Gaga ao elenco. No entanto, a incorporação de elementos musicais, com números de antigos clássicos do cinema, se mostrou controversa e fora do esperado para um filme de super-herói. A narrativa se desenrola em grande parte no Asilo Arkham, onde Arthur Fleck, o Joker, é submetido a uma série de torturas psicológicas enquanto tenta lidar com seu passado e a nova relação com Lee Quinzel, interpretada por Gaga.
O filme apresenta uma crítica social sutil, explorando temas como amor e sua capacidade de ser tanto remédio quanto veneno. Arthur, que nunca conheceu o amor verdadeiro, acaba se transformando em um monstro, o Joker. A relação com Lee, que é uma admiradora fervorosa do Joker, acaba por potencializar sua natureza sombria. A falta de desenvolvimento claro dos personagens e a repetição de cenários sombrios deixa a audiência com a sensação de que o filme não entrega o que promete.
As críticas foram, em sua maioria, negativas, refletindo a frustração com a falta de um enredo coeso e a escolha de manter a protagonista Gaga em um papel que não permite que ela demonstre todo o seu talento. A falta de química entre os personagens e a falta de momentos memoráveis foram frequentemente citadas como falhas do roteiro.
A conclusão é clara: “Joker: Folie à Deux” é uma experiência que, apesar de suas ambições artísticas, falha em capturar a essência do que fez o primeiro filme tão impactante. Para os fãs do gênero e do universo do Joker, a recomendação é clara: pode ser melhor pular essa sequência e revisitar o original, que ainda ressoa com o público por sua profundidade emocional e narrativa envolvente.