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Jovem é atacado por homofóbicos em SP: “A gente nunca acha que vai virar estatística”

Um jovem de 22 anos sofreu um ataque homofóbico na noite desse sábado (5), em São Paulo. Em declaração ao ACAPA, o professor de inglês Dih Fernandes Araújo conta que estava voltando para a casa quando foi abordado por dois homens em uma moto. Ele foi agredido e, depois, foi salvo pelos pedestres.

"Estava na Avenida Pedro Bueno, Campo Belo, quando dois homens desceram de uma moto e gratuitamente vieram para cima de mim. Eles me deram socos, disseram que eu iria morrer e só pararam depois que algumas pessoas me ajudaram", afirma.

A agressão durou alguns minutos e Dih conseguiu morder o rosto de um dos agressores. No Facebook, ele exibiu as marcas da violência e alegou que teve sorte por conseguir escapar do ataque homofóbico. "Eu só chorava porque estava com muito medo. Não sei o que teria acontecido se as pessoas não me ajudassem. Quando eles viram que estavam ligando para a polícia, pegaram a moto e foram embora".

De acordo com o jovem, esta é a primeira vez em que é agredido fisicamente. "A gente nunca acha que vai acontecer com a gente, que vai ser vítima, que vai virar estatística. Nesse nível, foi a primeira agressão. Mas já cuspiram em mim dentro do metrô e arremessaram uma garrafa de vidro próximo da Rua Augusta", lembra.

O professor afirma que está abalado emocionalmente e que tem evitado sair de casa. "Fiz o boletim de ocorrência, mas tenho medo de andar sozinho na rua. Meu namorado está me dando apoio", conta.

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