Na manhã desta quinta-feira (26), o estudante Gabriel Kowalczyk, de 19 anos, foi mais uma vítima de um ataque homofóbico e tentativa de estupro, em São Paulo.
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Ele conta que estava a caminho do ponto de ônibus, na rua Tabaré, no Jardim Sabará, quando percebeu que estava sendo seguido por três homens.
A vítima tentou correr, mas recebeu um chute nas pernas e caiu. "Ralei o meu rosto e o nariz no chão. Então, um dos três rapazes segurou os meus braços e o outro me deu vários chutes nas costas e nas pernas. Eu tentei gritar, mas não conseguia, só saía gemidos", conta Gabriel ao A CAPA.
Ele afirma que, enquanto era imobilizado, um dos rapazes abaixou as suas calças e disse: "Agora, você vai apanhar que nem mulher". "Foi quando eu consegui gritar e, para me calar, eles fizeram dois cortes no meu braço e deram um soco no meu nariz. Eu achei que fosse morrer".
Os agressores se assustaram com o barulho de um portão e deixaram o jovem no chão. Eles o ameaçaram e o chamaram de "bichinha".
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"Fiquei no chão por alguns minutos, desnorteado. Pessoas passaram e olharam com indignação, mas ninguém fez nada". Gabriel foi até a base da polícia militar mais próxima, onde foi atendido, fez um Boletim de Ocorrência e encaminhado ao Pronto Socorro.
Esse foi o segundo ataque que ele sofreu. Em janeiro deste ano, ele foi atacado e quase teve o estômago perfurado por um estilete. "Eu só queria que esse dia desaparecesse. É de longe o pior dia da minha vida".
Veja fotos:
Gabriel mostra marcas da agressão que sofreu