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Jovens “emos” e gays são perseguidos por milícias no Iraque

Gays e jovens que se vestem à moda ocidental, descritos por aqui como "emos", estão sendo intimidados e assassinados no Iraque. Rapazes com camisetas e jeans apertados são perseguidos por milícias iraquianas, que os consideram "adoradores do demônio".

Ativistas afirmam que dezenas de adolescentes foram espancados até a morte ou mortos a tiros no mês passado. A maioria das vítimas era do sexo masculino.

A Comissão Internacional Gay e Lésbica de Direitos Humanos (International Gay and Lesbian Human Rights Commission) classificou esses crimes como uma "nova onda de violência contra os gays".

Em entrevista à rede BBC, o jovem iraquiano Mustafá disse que se sente "ameaçado" quando usa roupas pretas.

"O povo iraquiano te olha de um jeito negativo. É ainda pior quando as forças de segurança prendem quem está em grupos de emos ou vestido de preto", contou.

Mustafá diz que, apesar de gostar de usar roupas pretas e acessórios, não se sente seguro. "Eu, por exemplo, adoro usar acessórios vermelhos, um delineador nos olhos, brinco no nariz e outras partes do corpo, mas tudo isso é considerado inspiração do demônio ou coisas que só viciados fazem", declarou.

A homossexualidade não é crime no Iraque, mas ainda é considerada um grande tabu social.

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