A leitura é fundamental, mas estamos perdendo essa habilidade? Nos últimos anos, dados de pesquisas como os do Gallup e do Bureau of Labor Statistics mostram que os americanos estão lendo menos livros do que nunca. Cada vez mais, vemos relatos de estudantes universitários lutando para finalizar textos mais longos e adultos reclamando da falta de concentração para ler. Essa realidade gerou um debate online sobre como retomar a leitura em um mundo cheio de distrações.
Brittany Luse, anfitriã do programa ‘It’s Been a Minute’, conversou com Elaine Castillo, autora do livro “How to Read Now”, e Abdullah Shihipar, pesquisador do People, Place & Health Collective da Brown University, sobre os desafios que a leitura enfrenta atualmente. Castillo destacou que as grandes corporações têm capturado nossa capacidade de atenção e pensamento crítico, substituindo momentos de leitura por uma busca incessante por informações rápidas e superficiais, que não trazem os benefícios restauradores que os livros oferecem.
A tecnologia, especialmente os smartphones e as redes sociais, tem um papel significativo nessa mudança. Shihipar observou que assistir TV ou rolar nas redes sociais exige menos do nosso cérebro do que ler um livro, tornando a leitura uma tarefa que pode parecer monumental. Ele também comentou sobre como a ênfase na leitura diminuiu entre os jovens, com menos programas educacionais promovendo essa prática. A cultura de leitura de sua infância, com programas como “Reading Rainbow”, moldou sua geração de maneira diferente, e ele acredita que a sociedade precisa agir para incentivar a leitura novamente.
Ambos discutiram como a falta de leitura pode ter sérias implicações para o desenvolvimento cognitivo e a saúde mental. Estudos indicam que a leitura está associada a uma diminuição da mortalidade, com pessoas que leem livros apresentando uma redução de 20% nas taxas de mortalidade em comparação àquelas que não leem. Além disso, a leitura é protetora contra o declínio cognitivo e está ligada a melhores resultados de saúde mental em jovens.
Para aqueles que desejam retomar o hábito da leitura, eles recomendam estabelecer metas simples, como ler por 15 minutos pela manhã e à noite, sem se preocupar com o número de páginas lidas. A chave é a intenção e a consciência, permitindo que a leitura se torne um prazer em vez de uma tarefa. Em um mundo dominado por distrações digitais, é mais importante do que nunca cultivar a leitura como um meio de conexão com o que somos e como interagimos com o mundo ao nosso redor. A leitura não deve se tornar uma atividade de nicho; é uma habilidade essencial para a construção de uma sociedade mais crítica e empática.
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