Na última semana, durante um discurso no Congresso, o presidente Donald Trump afirmou que a liberdade de expressão está “de volta” nos Estados Unidos. Essa declaração ocorreu horas após ele prometer uma repressão a “protestos ilegais” e declarar que havia interrompido toda a censura governamental. No entanto, essa afirmação contrasta com o que está acontecendo em diversos estados, especialmente na Flórida, onde muitos livros têm sido banidos sob a alegação de censura.
A situação se agravou com uma decisão impactante do Departamento de Defesa dos EUA, que anunciou uma verdadeira guerra contra a palavra “Gay”. Em uma iniciativa que parece questionar a utilização de recursos em um período de cortes intensos, o DoD está revisando todo o conteúdo relacionado à diversidade, equidade e inclusão (DEI), visando remover referências a esses temas. Segundo o Daily News, imagens históricas, como as do bombardeiro Enola Gay da Segunda Guerra Mundial e de pilotos militares negros, estão entre as mais de 26 mil fotos e postagens que serão excluídas. Isso levanta questões sobre o futuro do reconhecimento de figuras e eventos significativos na história militar americana.
Essa ação é uma resposta a uma ordem executiva assinada por Trump no seu primeiro dia de mandato. Enquanto a assistência à Ucrânia é reduzida, o Pentágono foca em uma suposta ameaça à segurança nacional representada por um bombardeiro que é parte da história militar dos EUA. O nome Enola Gay, dado em homenagem à mãe do piloto Paul Tibbets, não foi uma mensagem do movimento LGBTQ+ nos anos 40, mas agora parece ser um alvo de reescrita histórica.
A censura dessa natureza, que busca apagar ou modificar a história, pode ter um impacto profundo na formação educacional das futuras gerações. Em vez de aprender com os erros e acertos do passado, as crianças estão sendo privadas de uma compreensão completa de como a sociedade evoluiu. Isso levanta um alerta sobre a importância de preservar a verdade histórica, em vez de tentar moldá-la para se alinhar a uma agenda política atual.
Essa situação não é apenas uma questão de palavras, mas sim de como a narrativa da história pode ser subvertida para se ajustar a um conceito de “politicamente correto” que, em última análise, pode resultar em uma compreensão empobrecida do nosso passado. Portanto, é fundamental que todos nós, independente de nossa orientação sexual ou crenças, defendamos o direito de aprender sobre nossa história em toda a sua complexidade, sem censura ou distorção. A verdadeira liberdade de expressão inclui a capacidade de discutir e entender tanto os aspectos positivos quanto os negativos de nossa herança cultural.
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