O governo de Minas Gerais aprovou uma medida que garante para travestis e transexuais o direito de serem chamados(as) pelo nome social em órgãos do Estado.
“É uma vitória. Agora nos sentimos mais respeitadas perante a comunidade escolar. Esta medida mostra que os transexuais podem ocupar outros espaços que não sejam as ruas e que nossa condição sexual não muda nosso caráter”, afirmou a professora transexual Sayonara Nogueira (foto), de 37 anos, que sofreu discriminação em seu ambiente de trabalho.
Em entrevista, Sayonara, que leciona Geografia nas escolas estaduais Presidente Tancredo Neves e Inácio Paes Leme, em Uberlândia, contou que no ano passado sofreu humilhação de uma inspetora, que a chamou de Marcos, seu nome de registro. Já pelos alunos, Sayonara era respeitada. No entanto, no diário de notas, a professora tinha que assinar como Marcos.
Agora, com a nova resolução do governo, o nome social será adotado em documentos de identificação funcional, comunicações internas do governo do Estado e durante os atendimentos em hospitais, delegacias, escolas e qualquer outro órgão público.