No dia 5 de fevereiro de 2025, a discussão em torno da sigla LGBT ganhou novos contornos após mudanças nos sites federais dos Estados Unidos. O Departamento de Estado, que anteriormente utilizava a expressão ‘LGBTQI+ Prospective Adoptive Parents’, agora se restringe a ‘LGB’, excluindo a letra ‘T’, que representa os indivíduos transgêneros. Essa alteração ocorreu após uma ordem executiva do presidente Donald Trump que proíbe referências a identidades de gênero que não se encaixam nas categorias de masculino e feminino.
Jax Gonzalez, diretora política da One Colorado, uma organização de defesa dos direitos LGBTQIA+, expressou preocupação com a remoção da letra ‘T’, afirmando que esse ato sinaliza um ataque aos direitos e à visibilidade das pessoas trans. Gonzalez destacou que a origem da sigla LGBT remonta aos anos 70, quando as comunidades gay, lésbica e bissexual começaram a se organizar em torno de questões de direitos civis. A inclusão da letra ‘T’ na sigla ocorreu nos anos 90, após a morte de Brandon Tina, um jovem trans que foi assassinado, o que gerou uma onda de conscientização sobre as questões trans.
A sigla LGBT, que agora se vê ameaçada, é um símbolo de solidariedade entre as diferentes identidades de gênero e orientações sexuais. Segundo Gonzalez, a opressão vivida por uma pessoa trans está interligada à opressão vivida por lésbicas e gays, e a luta por igualdade deve ser coletiva. Mesmo com a remoção da letra ‘T’ em algumas plataformas, Gonzalez e outros ativistas afirmam que a comunidade LGBTQ+ continuará a existir e a lutar por seus direitos, independentemente do reconhecimento governamental.
Esse momento evidencia a necessidade de manter um diálogo aberto e inclusivo sobre as identidades dentro da comunidade LGBTQ+. A luta por reconhecimento e igualdade deve persistir, e a sigla LGBTQIA+ deve ser um reflexo da diversidade e da luta por direitos de todos os indivíduos, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual.
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