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Ney Matogrosso diz em entrevista que não é ícone gay e que odeia guetos

Em entrevista à jornalista Patrícia Vilalba, do Estado de S. Paulo, o cantor Ney Matogrosso disse que não é um ícone gay e que odeia guetos. E para jogar mais lenha na fogueira, afirmou ainda que, ao contrário do que prega o movimento gay, foi a pessoa que "mais deu a cara para bater".

Indagado sobre a razão de nunca ter participado mais ativamente da causa GLBT, ele respondeu: "(…) o próprio movimento fica assim, diz que eu não assumo. Como eu não assumo? Eu fui a pessoa que mais deu a cara para bater, fui a pessoa que escancarou as portas para que hoje possam viver tranquilamente suas sexualidades. Como não?".

Ser um ícone gay? Ney rejeitou a pecha e afirmou não querer ser reduzido a tão-somente um "estandarte gay".

"Seria muito conveniente para o sistema me colocar como estandarte gay, porque isso me reduziria a um estandarte gay e só. E eu não sou isso (…) não vou pegar um estandarte e ficar com ele na minha mão".

A repórter do Estadão perguntou também se Ney achava que a imagem do gay perante à sociedade melhorara.

"Indiscutivelmente melhorou. Não vamos nos esquecer que São Paulo – eu jamais fui a uma – tem uma… como se chama?".

"Parada?", intercedeu a jornalista.

"É, a maior parada gay do mundo. Isso deve ter um significado no contexto. Mas quem deu a carinha pro tapa fui eu. E aí? Vão fingir que isso não aconteceu? (…) tenho horror de gueto. Não quero viver como nos Estados Unidos. Lá você pode tudo, desde que cada um no seu cada qual. (…)Deus me livre de ir num cruzeiro gay. O que eu vou fazer num cruzeiro gay? Eu gosto da mistura, acho que a revolução é todas as diferenças convivendo em harmonia. Eu acredito nisso, não num cruzeiro gay".

Ney está em cartaz com seu novo show Inclassificáveis, no Citibank Hall, em São Paulo. Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui.

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