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O primeiro ano… De vários!

“Você que é o Lê?”, perguntei eu. “Sim, tudo bem?”, foi a resposta.
 
Após esta rápida introdução, na catraca do Metrô, eu e Leandro subimos as escadas rumo ao Centro Cultural São Paulo. Eu não o conhecia e fui apresentada a ele por um grande amigo Thiago que, por conta do destino, não poderia me maquiar naquele dia. Em seu lugar, ele combinou com seu amigo e lá estava o tal para me maquiar. Leando, descobri em nossa conversa durante a montagem, era Leona Top Flúor. Uma delícia de pessoa com quem criei uma amizade grandiosa.
 
Apesar do horário, a Arena Livre (programa criado e dirigido por Pedro Granato), que acontecia sempre às terças-feiras ao meio dia, estava bem cheia a espera de Cindy Butterfly. Era a minha primeira apresentação em público como drag. Em minha jornada como ator, já fiz tantos outros personagens, mas era a primeira vez que faria uma drag queen, um personagem livre de um texto fixo ou algo do tipo. Os funcionários da casa me aguardavam, meus amigos vieram me ver e, sem dúvida, meu namorado (estávamos juntos apenas há cinco meses) também arrumou um horário em sua agenda para me ver.
 
Esperava a deixa para entrar em cena… Waka Waka, de Shakira era o sinal de que o momento chegara. Junto com todos os deuses do teatro, puxei o ar da coragem e fui, linda, acreditando na minha beleza… (risos). Depois de muita bobagem que falei, ainda dublei Summer Lie, de Eliza G. Foi babado, atraque, confusão e muuuuuuuuuuita diversão. Em resumo, foi isso, a mais pura diversão.
 
O babado foi tão gostoso – a interação com o público e tudo mais -, que Pedro me chamou pra fazer outra apresentação no último dia do programa, a Arena Livre. E mais uma vez, fui carinhosamente ovacionada pelo público que esteve ali para me ver.
 
Diante disso, resolvi apostar em algo que adoro fazer: me comunicar. Criei um blog, o “É escândalo, meu amor” e sintetizei nele os meus conhecimentos sobre o mundo gay, sobre a história do movimento gay no Brasil e também escrevia sobre o cotidiano do universo LGBT. O resultado foi positivo e resolvi arriscar e apresentar uma proposta ao editor-chefe do site A Capa. O Paco adorou a idéia de ter uma drag queen escrevendo no site e foi assim que cheguei aqui… Pois foi a partir deste blog que o Brasil – e por que não dizer o mundo?? – ficou sabendo da existência de Cindy Butterfly.
 
Por isso, quero muito agradecer a todas as pessoas que foram participativas durante este primeiro ano de carreira: minha mãe, Antonio Americano, Thiago Barreira, Leona Top Flúor, Hudson Nikolic, David de Oliveira, Paco Llistó e toda a família do site A Capa, Silvetty Montilla, Victor, Luis Vitielo, Vera Hoana, Ricardo Resende e toda a família CCSP, Atoom, Yon, meus amigos e todos os contatos que fiz pelo Facebook, Twitter e afins durante este um ano…
 
Mas todo aniversário é um período de renovação, de renascimento. De novas idéias, de incorporações… E vou começar com uma, bem simples, mas bastante simbólica. Farei como os antigos indígenas e invocarei sobre mim o poder dos animais e adicionarei mais um nome. A partir de hoje, Cindy Butterfly, que já traz em seu nome a magia das borboletas, reclama para si, a astúcia e a agilidade da raposa… Eu me auto-batizo como Cindy Fox Butterfly!!!
 
Tá dado o recado…
 
Beijo, beijo, beijo… Fui…

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