A música pop está de volta e muitos se perguntam se a economia tem alguma influência nesse renascimento. Em 2024, álbuns como “The Rise and Fall of a Midwest Princess” de Chappell Roan, “Short n’ Sweet” de Sabrina Carpenter e “BRAT” de Charli XCX dominaram as paradas, trazendo à tona uma nova onda de artistas que reviveram o conceito de “recession pop”. Esse termo descreve a música lançada durante e após a Grande Recessão, de dezembro de 2007 a junho de 2009, que era otimista, dançante e cheia de eletrônica. Durante esse período, artistas como Kesha, Timbaland e Lady Gaga se tornaram ícones, com músicas que incentivavam as pessoas a dançar e esquecer os problemas financeiros. O clima econômico difícil daquele tempo fez com que a música se tornasse uma forma de escapismo, com letras que falavam sobre aproveitar a vida apesar das dificuldades financeiras.
Esse ciclo de música pop otimista em tempos de crise não é novo. Gêneros como disco e house também surgiram em momentos de recessão, oferecendo às pessoas uma forma de escapar da realidade. Nos anos 70, a discoteca floresceu durante uma crise de petróleo e inflação, enquanto a música house emergiu nos anos 80 em meio a outra recessão econômica. Agora, após a pandemia de COVID-19, muitos sentem que estamos vivendo uma nova era de “recession pop”, com a economia novamente enfrentando desafios.
Artistas contemporâneos não apenas resgatam essa essência de diversão em suas letras, mas também incentivam seus ouvintes a abraçar suas identidades e a se libertar de normas sociais. Charli XCX, por exemplo, celebra a liberdade de ser quem realmente é, enquanto Chappell Roan promove a aceitação da sexualidade. Novos nomes como Sabrina Carpenter, Tate McRae e Addison Rae estão se destacando, enquanto artistas estabelecidos como Kesha e Lady Gaga estão fazendo um retorno triunfante com novos álbuns. Essa mistura de nostalgia e inovação na música pop atual promete não apenas entreter, mas também oferecer uma válvula de escape para os desafios econômicos que muitos enfrentam hoje. Com isso, a música pop não só se reafirma como um espaço de celebração e resistência, mas também como um catalisador para a autoaceitação e a expressão individual na comunidade LGBT.
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