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Panfletos homofóbicos são espalhados onde casal constrói casa em Curitiba para amedrontá-los

Um caso de homofobia psicológica que aconteceu no Paraná chamou a atenção de todo o país esta semana. Panfletos com conteúdo homofóbico foram distribuídos em uma rua de Curitiba, mesmo endereço onde o casal João Pedro Schonarth e Bruno Banzato, estão construindo sua casa. As mensagens deixam claro o intuito do agressor de amedrontar as vítimas. “Em breve, sua rua será mais alegre”, começa o texto impresso nos papéis. E prossegue: “todos os dias nos passeios matinais ou dos finais de tardes terá a visão para inspirar e influenciar toda a vizinhança: você, seus filhos, seus netos e amigos”. O casal registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Vulneráveis, na última quinta-feira (13), para apurar quem foi o autor das mensagens. Os folhetos têm fotos de casais homossexuais aleatórios, com os dizeres: “se fazem isso em público, imaginem o que fazem quando estão a sós ou com amigos mais próximos ou com as pessoas próximas a você”, e indicam o endereço do casal classificado por quem escreveu como “o endereço da baixaria”. Em reportagem publicada no G1, João Pedro disse que teve conhecimento do conteúdo por meio dos funcionários que trabalham na obra. “Eu tinha entrado na casa, para ver como estava o andamento da obra, e o Bruno me mandou um WhatsApp com a foto do planfleto. Eu sentei no chão e chorei, não tinha força nas pernas, me senti violentado”, relembra. “Colocaram uma mangueira na tubulação do ar condicionado e jogaram água. Inundou tudo. A gente ficou muito assustado, chamou a construtora, e eles disseram que não era um vazamento comum. Perdemos boa parte do piso, que é madeira. Claramente, era outra tentativa de intimidação”, conta Schonarth. O ataque homofóbico não impedirá, entretanto, que o casal vá morar no local escolhido, com o filho que eles pretendem adotar. Segundo disseram, eles pretendem se mudar no dia 21 de abril, feriado de Tiradentes. “Eu vou conversar com os vizinhos, apresentar quem somos. Se eu tiver contato com quem fez os panfletos, quero mostrar que sou uma pessoa normal, com os mesmos sonhos que ela. Não é minha orientação que vai me fazer melhor ou pior, é o meu caráter”, finalizaram, ressaltando que o episódio só demonstrou a quantidade de pessoas que o apoiam.

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