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Para cardeais católicos, união gay equipara-se a associações culturais ou de amigos

O cardeal Javier Lozano (foto), responsável pela área de saúde do Vaticano, e Oscar Rodrigues Madriaga, ex-presidente do Episcopado Latino-Americano, defenderam a "família nuclear" como  "o melhor modelo de família para a Igreja católica" e atacaram as uniões entre homossexuais. Os pronunciamentos ocorreram durante o Encontro Mundial da família que acontece na Cidade do México.

Ao falar a respeito das uniões entre pessoas do mesmo sexo, Lozano disse que "a convivência homossexual existe, mas não deve ser vista como matrimônio". "Este é fonte de vida e gerador de vida, e no caso dos casais gays, trata-se apenas de uma união com efeitos civis para a propriedade, como existem associações anônimas, culturais ou de amigos", declarou.

Já Madariaga afirmou que "uma legislação não decide o que é um matrimônio". "O criador nos desenhou homem e mulher, para transmitir a vida. Quando os dois são do mesmo sexo, não pode haver fecundação".

O encontro acontece de três em três anos desde 1994 e conta com a participação de 30 cardeais, 200 sacerdotes e cerca de 8 mil pessoas de 90 países. O evento foi duramente criticado por excluir famílias "não tradicionais".

Javier Lozano pediu para que as mulheres fiquem mais em casa para não descuidar de seus filhos, mesmo com a redução na receita familiar registrada ao redor do mundo. "Os pais não podem renunciar à sua função essencial. Ter um filho não é procriar um filho, mas humanizá-lo", declarou.

O tema pedofilia também foi debatido no encontro. O cardeal Rodríguez Madariaga afirmou que menos de 1% dos mais de 400 mil sacerdotes católicos no mundo estão envolvidos em casos de pedofilia.

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