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Parada Gay de SP divulga orçamento de R$ 2,2 milhões e anuncia cruzeiro

A Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT) realizou nesta segunda-feira (6) a coletiva de imprensa que marca a inauguração do mês do Orgulho Gay na capital paulista.

Além da programação, marcada por fortes ataques aos fundamentalistas religiosos, foram divulgadas informações sobre a segurança na dispersão da Parada e o orçamento do evento, que este ano é de R$ 2, 2 milhões.

Carta aberta contra os fundamentalistas religiosos
Antes da coletiva começar, Greta Star fez a leitura da Carta da Associação da Parada LGBT contra os fundamentalistas religiosos. O texto atenta para o fato de que, em 2010, mais de 200 homossexuais foram assassinados por homofobia e que, hoje, o Brasil "mata mais homossexuais que o Irã", onde a homossexualidade é crime e a punição é pena de morte ou prisão perpétua.

A carta diz que a instituição quer subverter o tema e pedir o fim da guerra religiosa contra os homossexuais. O documento finaliza provocando os fundamentalistas religiosos: "perdoai-vos, eles não sabem o que fazem". Após a leitura da Carta, Ideraldo Beltrame, presidente da APOGLBT, discursou sobre o evento e o tema.

Beltrame disse que o tema do evento, "Amai-vos uns aos outros, basta de homofobia", "exige o Estado laico e moderno" e que o Brasil tem sido vítima "da moral cristã". Por fim, o presidente da APOGLBT ressaltou que a "Parada é uma manifestação de luta".

Patrocinadores
José Barbosa, que representou a Petrobras, falou do histórico de apoio da empresa, que acontece desde 2007. Barbosa também comentou as ações internas da Caixa em relação à inclusão dos funcionários gay em planos de saúde. "Para um país ser resolvido é preciso que tenha políticas de direito à diversidade", declarou o executivo.

Além da Caixa Econômica, outros apoiadores são a Petrobrás, a universidade privada Uninove (Universidade Nove de Julho) e a Hipermarcas, através do preservativo Olla.

Parada Gay on board
Outra novidade é a realização da primeira Parada Gay on Board. De acordo com o presidente da Parada, será um "cruzeiro diferente do que tem por aí". Além das festas, o cruzeiro terá debates e atos artísticos. Os ingressos começam a ser vendidos na Feira Cultural LGBT, que acontece na quinta-feira (23), a partir das 12h, no Vale do Anhangabaú.

Segurança
De acordo com a Polícia Militar, serão disponibilizados 1.500 policiais para o evento. A grande preocupação da PM é com o momento da dispersão. A DECRADI (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) já está trabalhando em um plano de segurança por conta dos recentes ataques homofóbicos.

Sobre o show que vai acontecer após a Parada, os organizadores informaram que ainda estão negociando as atrações, mas entre elas já foi confirmada a apresentação da cantora Wanessa. Preta Gil, que este ano é a diva da Parada, fará a abertura da manifestação.

Sobre os trios elétricos, haverá um trio religioso, cujo título será: "Religiosos Contra a Homofobia".

A 15ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo acontece no domingo (26) na avenida Paulista. A concentração acontece a partir das 10h no vão do Masp.

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