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Polêmica – Após usar saia em aula, professor é afastado e se queixa de perseguição e homofobia

Coragem define este professor que hoje paga com o próprio emprego por tentar trabalhar o tema da homofobia dentro e fora da sala de aula.

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Um professor da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Caic Zeferino Vaz, na Vila União, foi afastado pela Secretaria de Educação e está sofrendo um processo administrativo que pode terminar em sua exoneração.

O motivo seria a sua participação no desfile de 7 de Setembro, no ano passado, quando o projeto da escola abordou entre outros temas a homofobia.

O professor Vitor Pelegrin desfilou de saia, enquanto alunos utilizaram adereços coloridos e camisetas com mensagens como “paz”, “homofobia não” e “respeito”.

Vitor afirma que trata-se de censura ao debate de gênero e diz estar sofrendo perseguição política.
 

A organização do desfile foi feita pelos professores e, até a abertura do processo, tinha o apoio da direção da escola, conforme relatou Pelegrin. Cerca de 100 alunos participaram.

Ele disse que o desfile foi elogiado, bem recebido pela população e que “o clima entre professores, estudantes e gestão era de alegria e satisfação ao final daquela manhã”. A mesma escola que elogiou, segundo o professor, depois do posicionamento contrário da Secretaria de Educação, teria mudado de opinião e no relato do processo administrativo se colocou contra o desfile.
 

O professor foi surpreendido com a notificação do processo assim que voltou a trabalhar e, no dia 11 de março recebeu a suspensão preventiva por 60 dias. Pelegrin diz que não há provas materiais contra ele e que ainda tenta entender o motivo pelo qual está sofrendo o processo.

“Eu vesti uma saia no dia. Tendo a acreditar que não é por isso que abriram um processo contra mim. Sou o único processado.” Ele diz que há um claro intuito de censurar o trabalho da escola e de intimidar o trabalho dos professores em toda a rede.
 

“À medida que professores são processados por terem demonstrado um trabalho relativo a esse tema, isso acorrenta o trabalho de outros professores na rede”, afirma Pelegrin, que também diz sofrer perseguição política.

Professor de geografia dos nonos anos, ele ressalta ainda que esse processo não traz nenhum benefício pedagógico à escola, pois priva os alunos de suas aulas de geografia “e intimida outros professores na realização dos projetos mais ousados e sintonizados com o nosso tempo”.

Pelegrin, que corre o risco de ser exonerado, conta que está sendo orientado por uma advogada.

“Estou recorrendo do afastamento e vamos fazer toda defesa ao longo do processo.” A Secretaria de Educação disse que não pode revelar o motivo pelo qual Pelegrin está sendo processado, já que se trata de caráter sigiloso.

“O que podemos garantir é que esse tipo de processo traz toda a condição da ampla defesa e do contraditório. Não posso para além disso expor o caso, porque inclusive incorreria num erro e com isso até podendo expor a imagem do funcionário”, afirmou Juliano Pereira de Mello, diretor pedagógico da secretaria.

Ele também negou censura ao debate de gênero ou perseguição política.

 
Fonte: Correio Brasiliense

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