Menu

Conteúdo, informação e notícias LGBTQIA+

in

Polícia Federal investiga tráfico internacional de travestis e trabalho escravo

O sonho de ganhar dinheiro, realizar sonhos e transformar o corpo por meio do trabalho de garota de programa está levando muitas travestis a enfrentarem o tráfico de pessoas e viver de trabalho escravo no exterior.

+ Brasil lidera ranking de assassinatos de trans

De acordo com reportagem do G1, a Polícia Federal e o Ministério Público do Trabalho da Paraíba estão investigando há mais de um ano dois esquemas de tráfico de pessoas, uma para a América Latina e, outra, para a Europa.

O procurador Eduardo Varanda explicou que as travestis são alvo fácil dos criminosos por não conseguirem se inserir no mercado formal e por estarem inseridas em um contexto de transfobia. Durante a operação, descobriu-se que 40 travestis brasileiras foram traficadas para a Itália e viviam em regime de trabalho escravo.

O promotor diz que a surpresa foi quando descobriu que várias não quiseram voltar ao Brasil. "A maioria não quis voltar porque disseram que aqui enfrentam condições tão escravas quanto no exterior, onde elas não têm liberdade. É preciso assegurar a essas pessoas liberdade plena", afirma.

+ Conselho LGBT faz levantamento de quantas trans foram vítimas de erro médico

Uma das rotas que enviava travestis para a Itália – a Araçagi-Baía da Traição – foi descoberta pela polícia. Doze pessoas, entre brasileiros e italianos, forma presos. Varanda diz que, para combater tráfico de travestis, é preciso ter políticas públicas de inclusão no Brasil.

Sair da versão mobile