Autoridades e profissionais da Saúde da província de Papua, na Indonésia, estão revoltados com uma proposta apresentada por deputados de implantação de microchips em indivíduos soropositivos a fim de monitorar suas atividades sexuais.
A proposta deve ser levada à consulta popular e, se bem aceita pela população, submetida à votação na Câmara. John Manansang, médico responsável pela proposta, alega que esta é a maneira mais eficiente de combate ao retrovírus e ao aumento substancial de novos casos naquele país asiático.
Ele disse ainda que ocorrem mudanças hormonais em pessoas soropositivas, gerando, pois, crescente agressividade e contaminação deliberada. Os parlamentares indonésios chegaram a cogitar a idéia de tatuar os HIV+.
“Essas pessoas não são tubarões para serem monitoradas por chips. Isso é uma violação dos Direitos Humanos”, declarou Constant Karma, chefe da Comissão de Prevenção de Aids da província.
A Indonésia registra, segundo índices oficiais, 290 mil casos, a maior parte contaminada por conta da prostituição e drogas injetáveis.