Ao menos quatro ministros do atual governo de ultra-direita da Polônia perderam seus cargos esta semana por conta, acreditam os articulistas políticos, de uma série de divergências que ameaçam a governabilidade daquele país – leia-se perda de representatividade nas esferas do poder.
Entre os defenestrados está o ministro da Educação Roman Giertych, proponente de um polêmico projeto de lei, que pretendia “punir qualquer pessoa que promova a homossexualidade ou qualquer outro desvio de conduta sexual nos estabelecimentos educacionais”.
Pesquisas recentes mostram a oposição liberal à frente na intenção de votos para as próximas eleições, convocadas pelo presidente para o mês de outubro, o que explicaria, em partes, a troca de cadeiras no governo.
Ativistas gays temem a ascensão ao poder de radicais direitistas. Para Robert Biedron, presidente da Ong Campanha contra Homofobia, “a Polônia é como uma ilha flutuando para longe do resto da Europa”.
Ademais, a letargia da União Européia em tomar atitudes no sentido de frear essas ações homofóbicas é apontada pelo movimento GLBT como calcanhar-de-aquiles para o fim da discriminação, “não apenas na Europa, mas no resto do mundo também”.