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Que país é esse?

Hello, hello, hello… (hoje trabalhada em línguas).
 
Pois é, meus amores. Essa minha vida de drag está ficando cada dia mais babado!!! ADORO!!! O que é ótimo, pois tenho feito muitas amizades e adoro meus amiguinhos. Mas posso garantir que vida de drag é bem cansativa… Mas vale a pena!!!
 
O fato é que ando tão surtada, que jurava que hoje era terça-feira. Quando dei por mim, percebi que era quarta-feira e que eu ainda não tinha escrito meu artigo para a postagem de hoje. Dei um pulo da cadeira, peguei um cafezinho, incorporei a J. K. Rowling e comecei a escrever este post. A questão é: sobre o que falar???
 
Assunto não falta, é claro. Mas confesso que, muitas vezes, dá aquele bloqueio inicial. Como começar a falar de determinado tema? O que falar dele exatamente, uma vez que um tema pode ter diversas abordagens e interpretações???
 
Daí que resolvi tocar num assunto que tá rolando pelo Facebook e pelo Twitter: o novo texto do PLC 122, o famigerado projeto de lei que criminaliza a homofobia.
 
No Brasil é tudo invertido mesmo… É tudo uma verdadeira PALHAÇADA!!!
 
Um estudioso, o qual infelizmente não me lembro o nome, disse uma vez algo do tipo: "Uma democracia, entre outras coisas, é um regime de defesa das minorias".
 
Não aqui, meus amores… Não nesta terra de tupiniquins. Aliás, qualquer teoria da sociologia, da antropologia, da história… Enfim, das ciências humanas, não servem muito bem para compreender a realidade brasileira. Afinal, como é que um texto de uma lei contra a homofobia é redigido por um pastor evangélico??? Lembrando que os religiosos cristãos são os principais opositores aos avanços das conquistas de proteção da população LGBT.
 
O pior é que esta formação (a que está preparando o novo texto) alega que o novo texto agrada tanto evangélicos quanto os homossexuais. Será mesmo???
 
A principal alegação das bancadas religiosas é que, do jeito que está, o PLC é um atentado contra a liberdade de expressão, afinal, pastores e líderes religiosos não poderão discursar contra a homossexualidade. Alegam eles que a homossexualidade é comportamental. A ciência não chegou a uma conclusão ainda sobre a questão. Mas por ser um comportamento (segundo os religiosos) é passível de crítica e condenação. Bom, se não existe um parecer científico pra isso, penso que o Poder Legislativo não deveria se pautar em meras opiniões de pessoas que pregam a existência de Adão e Eva, como real e não como um mito.
 
A questão é: com o novo texto, o que me parece, é que se criará uma zona franca do preconceito, como já disse anteriormente. Um território livre de impostos e livre para a prática do preconceito e com isso continuaremos produzindo discursos homofóbicos, discursos de intolerância, discursos de desigualdade e violência.
 
Posso estar errada, e gostaria, sinceramente, de estar. Mas penso que os acordos políticos entre partidos, lideranças e afins está sendo mais importante do que a real questão da política: a representação e a defesa dos interesses do povo.
 
O pior é que, quando questionados, os políticos afirmam categórica e covardemente que a questão gay deva ser votada em plebiscito, para que o povo se manifeste. Olha, também gostaria que os projetos de lei que aumentam seus salários também fosse colocado em plebiscito. Também gostaria que fossem votadas pelo povo, quais questões são prioritárias… Mas aí, meus amores, neste caso, eles votam tudo rapidinho, na calada da noite e, quando acordamos, já está tudo nos diários oficiais da nação!
 
Orgulho de ser brasileiro?!?!? Aham, Cláudia… Senta lá!!!

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