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“Repressão e Resistência: A Luta da Comunidade LGBTQ+ na Rússia em Tempos de Perseguição”

"Repressão e Resistência: A Luta da Comunidade LGBTQ+ na Rússia em Tempos de Perseguição"
"Repressão e Resistência: A Luta da Comunidade LGBTQ+ na Rússia em Tempos de Perseguição"

A comunidade LGBTQ+ na Rússia vive um clima de medo, especialmente após a adoção de novas leis e decisões judiciais que intensificam a repressão aos direitos dos homossexuais. Gela Gogishvili e Haoyang Xu, um casal gay, tiveram suas vidas transformadas drasticamente após o governo de Vladimir Putin expandir, em dezembro de 2022, a proibição de “propaganda de relações sexuais não tradicionais” para adultos. Essa mudança criminaliza qualquer forma de apoio público às atividades LGBTQ+, resultando em detenções e perseguições. Gogishvili e Xu foram acusados de espalhar “propaganda LGBT” e enfrentaram severas consequências, incluindo multas e deportações. Após fugirem para a França, onde buscam asilo, o casal observa com preocupação o aumento da repressão na Rússia, que agora proíbe qualquer ativismo LGBTQ+ após uma decisão do Supremo Tribunal que declarou o movimento LGBT internacional como extremista.

A pressão sobre a comunidade LGBTQ+ russa se intensificou ainda mais desde o início da guerra na Ucrânia em 2022, com Putin alegando que a luta é contra o Ocidente, que ele acusa de querer destruir os “valores familiares tradicionais” da Rússia. Apesar das declarações oficiais de que não há discriminação, líderes políticos têm feito comentários desumanizadores sobre a diversidade sexual, com o presidente da Duma, Vyacheslav Volodin, chamando a transição de gênero de “satanismo puro”.

A proibição de qualquer representação pública de pessoas gays e trans, assim como o acesso a cuidados médicos que afirmam o gênero, criou um ambiente de terror, levando muitos a deixar o país e forçando os que permanecem a se esconder e viver em silêncio. Raids em bares e estabelecimentos que promovem a cultura LGBTQ+ tornaram-se comuns, e a mera exibição de símbolos como a bandeira do arco-íris agora pode resultar em acusações de extremismo.

Alguns ativistas, como Olga Baranova, do Centro Comunitário de Iniciativas LGBT+ de Moscou, relatam que a sobrevivência da comunidade depende de se manter conectada, mesmo que isso signifique operar clandestinamente. Com as organizações LGBTQ+ enfrentando severas restrições, muitos têm se voltado para redes online para apoio e solidariedade.

Embora muitos tenham fugido, existem aqueles que se recusam a deixar sua terra natal, como Anna, uma mulher trans que, apesar dos riscos, se sente privilegiada por ter uma rede de apoio e um emprego estável. Outros, como Julia, buscam normalizar a experiência trans no ambiente hostil em que vivem, destacando a importância da visibilidade e da resistência à opressão.

O futuro da comunidade LGBTQ+ na Rússia continua incerto, com o temor crescente de que gerações futuras sejam ensinadas desde a infância a reprimir sua identidade. A luta por direitos LGBTQ+ e a busca por aceitação permanecem desafiadoras, mas a resiliência e a determinação de muitos ativistas indicam que a luta por dignidade e direitos não será facilmente silenciada.

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