O ativista russo Nikolai Alexeyev foi à imprensa denunciar uma lei que está sendo votada pelo Legislativo de São Petersburgo e que pretende proibir "propagandas da homossexualidade". Segundo Alexeyev, a lei é uma desculpa para proibir qualquer tipo de manifestação gay e pode aumentar a repressão contra os homossexuais.
O projeto de lei já foi votado e aprovado em duas sessões, sendo necessária mais uma votação para que seja sancionado. A lei foi proposta pelo partido Rússia Unida, legenda do primeiro ministro Vladimir Putin. Caso seja aprovado, uma multa de $1.600 dólares será aplicada para aqueles que promoverem "ações públicas destinadas à propaganda da pederastia, lesbianismo, bissexualidade e transgêneros para menores".
Nikolai Alexeyev, ex-organizador da Parada Gay de Moscou, declarou que "teoricamente a lei proíbe qualquer coisa em qualquer lugar onde as crianças possam estar presentes". "Isso é populismo barato para agradar a igreja ortodoxa e os nacionalistas", declarou o ativista, que já foi preso várias vezes por defender os direitos gays na Rússia.
No mês passado, Nicolai deixou a direção da Parada de Moscou. O militante declarou estar "cansado de ser perseguido pelas autoridades". Apesar de várias ações de órgãos internacionais para que a Rússia libere a Parada Gay, o evento continua proibido. Os atuais dirigentes do evento declararam que vão tentar realizar a Parada no dia 27 de maio do ano que vem.