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Será que todos os gays gostam mesmo da rainha do pop?

Todo gay gosta de Madonna. Dizer isso é fazer uma generalização. Conheço héteros que gostam e eu, que sou gay, não sou muito chegado. Quer dizer, até gosto de uma ou outra música. Like a Prayer, por exemplo. Prefiro a versão de uma banda de hardcore estadunidense chamada Rufio. Hum, vai… puxando pela memória gosto de Vogue e curti o Confessions. É, acho que gosto um pouco de Madonna.

Não dela pessoa, artista, mãe, escritora-de-histórias-infantis, religiosa ou qualquer coisa do tipo. Aliás, nesses últimos dias o que me chamou atenção sobre a popstar é que ela gosta de batata frita. Desconhecia esse fato até o dia em que li uma das matérias na revista da Folha sobre o lixo. Antes que você leitor comece a achar que Madonna pegava lixo, ou me questione o que diabos isso tem a ver com a predileção da cantora pelas batatas-fritas, explico-me: uma das histórias abordadas pela reportagem era a de dois paparazzi franceses que reviravam o lixo das celebridades. Revirando lixeiras, eles descobriram coisas como o sabão em pó que Bruce Willis usa para lavar suas cuecas ou os diferentes tipos de batata frita consumidos por Madonna. Essas imagens dos dejetos de celebridades viraram exposição e, posteriormente, um livro.

Ah, tem esse lance também dela adotar a cada mês uma criança de um país em desenvolvimento diferente. Parece até que virou moda entre os famosos isso de adotar crianças, mas como os pioneiros foram Angelina e Brad, sou mais esses que ditaram a tendência.

Outra coisa que chama atenção em sua carreira é como ela consegue ser polêmica e fazer um bom uso da mídia. Ainda fico pêssega com aquele beijo na Britney. Teve uma matéria da Palomino na Ilustrada em junho do ano passado que dizia mais ou menos assim: “Os minutos passam, começam os gritos, que entram num crescendo até, finalmente, apagarem-se as luzes. Mais e mais gritos. Entra a música e, lentamente, um grande globo de espelhos com jeitão de nave-mãe vai descendo à Terra; quer dizer, ao palco. Luzes, vídeo, ação: Madonna está entre nós.” Incrível.

E a abertura da turnê do Confessions que aconteceu no Coachella, hein?. O jornalista Lucio Ribeiro relatou: “Madonna, ‘intrusa’ pop em festival tão indie, arrastou 30 mil pessoas para a tenda dance onde normalmente cabiam 10 mil, apertadas. E o ‘nosso’ Seu Jorge deu só o azar de tocar no mesmo horário em que a cantora iniciava sua turnê, na primeira vez que uma artista de seu porte tocava num festival”. E as frases dela? "E aí, Coachella? Esta é minha primeira vez num festival. Me trate com amor, tá?"; "Coachella, eu fico de joelhos por vocês. E eu só fico assim porque eu QUERO ficar"; "Está muito quente aqui para ficar com roupa. Posso tirar minha calça"; "Você acha que minha bunda está OK?". Depois fazem comunidades no orkut pedindo para que ela volte a ser puta…

Escrevendo esse texto, me dei conta de algumas coisas. Continuo teimando que só gosto de algumas músicas, embora ache que ela tenha talento e continue surpreendendo às vezes. Alguns acham que o melhor de Madonna são suas canções, outros consideram seu lado celebridade a menina dos olhos. Particularmente prefiro nossa semelhança de gosto em relação às batatas fritas. Fiquei do lado das meninas do 02 neurônio quando disseram que ela era ridícula por causa de ser contra download de mp3 e depois caçar talentos justamente na internet.

E assim se divide a humanidade, em dois tipos de pessoas, aqueles que não curtem e aqueles que simpatizam com a cantora. No entanto, independente de gostos e desgostos uma coisa pode-se concluir disso tudo: em maior ou menor grau, por um viés ou outro, todo gay gosta de Madonna.

Ah, claro: a rainha do pop completou hoje 49 anos. Feliz niver, Madonna!

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