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Sexo anal entre elas

Ele não é divulgado nem muito discutido. Quando falamos dele, normalmente é com amigas íntimas, e com certo tom de brincadeira, para disfarçar o constrangimento. Apesar disso, muitas lésbicas fazem ou sentem curiosidade em fazer.

Percebo que falar de sexo anal entre lésbicas ainda é um tabu. Talvez por ser mais íntimo que a penetração vaginal, talvez por carregar um certo tom de “submissão”, herdado do sexo anal heterossexual, e talvez por ainda ser considerado um pecado grave por muitas religiões – e isso fica no nosso inconsciente. Ser lésbica e ainda praticar sodomia (sim, sexo anal entre mulheres também é chamado de sodomia) seria um dos atalhos mais curtos pro inferno.

A prática de sexo anal entre garotas, apesar disto tudo, é bastante comum. Atrevo-me a dizer, até, que é mais fácil uma mulher permitir ter o ânus penetrado pelos dedos da parceira do que pelo pênis de um homem, pois o desconforto que pode acontecer durante o início da penetração é bem menor.

O começo…
Quando o casal resolve praticar sexo anal, é fundamental que as duas estejam bem confortáveis e com muito tesão. O ânus não é tão elástico quanto a vagina e pode sofrer algumas fissuras quando a penetração não é realizada com cuidado. Lubrificação é essencial, seja com muita saliva, ou com lubrificantes como KY.

Uma alternativa para aumentar a excitação, ajudar a relaxar e lubrificar ao mesmo tempo é, na hora do sexo oral, estimular o ânus da parceira com os dedos ou mesmo com a língua (prática conhecida como cunete), penetrando-o só quando você perceber que ela está “pronta”. Algumas posições podem ser mais confortáveis que outras, e isso varia de mulher pra mulher, portanto, só testando para saber…

Não podemos esquecer nunca da higiene. Praticar sexo anal e principalmente, o cunete, sem um bom banho antes é quase inconcebível… Para muitas, realizar uma lavagem do canal retal antes (é, é feio, eu sei), vulga “chuca” (pergunte ao seu amigo gay, ele já fez ou pelo menos sabe como fazer), pode dar mais conforto e segurança na hora da penetração e evitar alguns constrangimentos. Lembrando que a repetição frequente desta prática não é muito recomendada por alguns médicos.

Dedos ou acessórios?

Depois da estimulação, chega a hora da penetração. O mais usual, confortável e lógico é realizá-la inicialmente com um ou dois dedos. Combinar o sexo oral com a penetração anal pode ser enlouquecedor, e daí pra frente a imaginação pode rolar solta. Mas nunca, nunca esqueça que, uma vez que você penetrou o ânus com os dedos, jamais deve voltar a penetrá-lo na vagina de sua parceira (ainda bem que temos duas mãos…). Antes, lave bem as mãos e as unhas e, se possível, use “dedeiras”, que são feitas do mesmo materialdas luvas cirúrgicas, mas que só são colocadas em um dedo por vez.

Além dos dedos, podemos usar acessórios no sexo anal. Dildos e vibradores comuns podem ser penetrados tanto no ânus como na vagina. E ainda existem alguns que permitem a penetração dos dois ao mesmo tempo (é, pois é…), e outros feitos especialmente para a pentração anal. A recomedação, neste caso, é utilizar preservativos nos acessórios e tomar muito mais cuidado com a lubrificação e na hora da penetração, pois o objetivo da transa (na maioria das vezes, claro) é obter prazer, e não dor.

Existe orgasmo anal?
Sim, é possível atingir o orgasmo somente com a penetração anal, pois a região é uma das mais sensíveis do corpo humano. Alguns gays podem discordar desta afirmação, e já vi discussões acaloradas a respeito. Mas a ciência admite a existência do orgasmo anal, e muitas mulheres também, então…

Uma vez que nos sentimos seguras e confortáveis com relação ao sexo anal, as possibilidades de dar e obter prazer multiplicam-se. Tabu ou não, é gostoso e tem muitas adeptas. Introduzí-lo nas suas práticas sexuais só depende do seu desejo, da sua criatividade e da sua parceira.

Santa Claus

Tirinha lésbica Katita, de Anita Costa Prado, vira gibi