Uma travesti foi assassinada na Asa Norte, bairro nobre de Brasília, na última sexta-feira, 22/02. A vítima estava com a também travesti, Juliana, nascida Aurélio Batista de Oliveira, que levou uma facada no pescoço. Ela passa bem.
Segundo o site G1, uma testemunha viu uma pessoa na janela do apartamento pedindo ajuda. “Na hora, escutei os gritos, mas não deu para definir se era de criança. Quando eu voltei, ela já estava toda ensangüentada na janela, com os braços amarrados como se tivesse quebrado as tiras, que eram espécies de cordas pretas que estavam amarradas nos braços dela”, contou a recepcionista Adriana Santos.
O chaveiro Wilson Costa Junior, que trabalha na quadra e foi chamado para abrir o apartamento, disse que encontrou Juliana muito machucada. Segundo Wilson, a travesti contou que teria sido assaltada e a outra pessoa que estava com ela no apartamento foi assassinada.
“A Juliana contou que eram três homens e que tinham matado a amiga dela. Eles a amarraram e também tentaram matá-la. Juliana se fingiu de morta e, quando eles saíram, ela conseguiu se desamarrar e pediu ajuda pela janela”, lembra o chaveiro.
Marcas de sangue
A sala do apartamento ficou toda revirada, com marcas de sangue dentro e do lado de fora do apartamento. “Recebemos a informação que era uma briga de casal. Chegando ao local, foi confirmado um óbito e uma outra pessoa foi socorrida e levada ao hospital”, afirmou o sargento da PM Cláudio Henrique.
Juliana foi operada e passa bem. A polícia trabalha com a versão contada por ela – roubo seguido de morte. Ainda não há suspeitos.
