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Veja como foi a Parada LGBT de São Paulo

A avenida Paulista ficou pequena para as mais de 3 milhões de pessoas que passaram por lá, segundo estimativa da organização. Na tarde de ontem, 20 trios devolveram o cunho político à manifestação sem perder o brilho e a boa música, que são marcas registradas do público LGBT.

Nem o vento frio e a temperatura em torno dos 15ºC afastaram o público, que dançou ao som de Tetine, entre outras atrações que deram o tom do evento. Do alto dos trios, a impressão era de que menos pessoas compareceram esse ano.

Até o momento, a Polícia Militar não divulgou os números de ocorrências registradas, nem estimativa de presentes. A Polícia Civil investiga um rojão que foi atirado de um prédio em direção à tradicional Av. Vieira de Carvalho após a Parada, e uma agressão grave que também foi reportada.

Xande, presidente da APOGLBT, chamou o Dykerama para fotografar uma cerca colocada pela CET, para separar o corredor da Consolação da Paulista. Segundo ele, a APOGLBT havia solicitado a colocação de tapumes no lugar das cercas, já que estas são inadequadas, pois são baixas, leves e podem tombar em cima do público. Porém, a Prefeitura, que cortou verbas para a Parada deste ano, resolveu colocar as cercas no lugar dos tapumes. “Pedi que economizassem com tudo, menos com segurança”, conta. Veja no álbum as cercas que, segundo ele, eram inadequadas.

O Dykerama presenciou também a inesperada declaração de José Serra, governador de São Paulo, que manifestou apoio à união estável de casais homossexuais. E, pela primeira vez, vimos nosso governante passear entre a população durante a concentração da Parada.

Em apoio à aprovação do PL 122, projeto que criminaliza a homofobia, que está parado no Senado, o primeiro trio permaneceu parado, recolhendo assinaturas que serão enviadas aos senadores. A redação do Dykerama aguarda a confirmação da quantidade de pessoas que apoiaram essa luta durante a Parada. Até o momento, o site www.naohomofobia.com.br registra 48357 assinaturas.

Mesmo com alguns casos isolados de violência, principalmente brigas provocadas por bebedeiras, a Parada correu bem e, certamente, agradou não só aos 400 mil turistas, como também os paulistanos que prestigiaram o evento.

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