Queridas Dykes,
Tomei um chá de sumiço com bolachas por exatamente três semanas, e resolvi aparecer neste 29 de agosto, porque estamos celebrando o Dia da Visibilidade Lésbica.
Sabem, neste ano de eleições, uma coisa que meu deixou muito feliz foi o fato de a quantidade de mulheres declaradas lésbicas que se candidataram a um cargo político ter aumentado sobremaneira, com relação ao último pleito.
Na cidade onde moro, várias são as bolachinhas fazendo campanha política. No guia eleitoral, uma candidata a vereadora destaca, em alto e bom som: ser diferente é normal. Diga não ao preconceito.
Uma atitude louvável e digna. É muito muito bom saber que enquanto algumas de nós, dykes queridas, nos escondemos em armários, existem postulantes a um cargo importante na administração pública que saem às ruas, fazem movimentos pela visibilidade lésbica, barulho pela aprovação da adoção por casais homossexuais, casamento gay etc, etc, etc.
Assim, por esse ponto de vista, eu acho que está rolando uma super visibilidade lésbica, sabem? A gente até acompanhou na mídia a tentativa da Thammy Gretchen de se candidatar a um cargo em São Paulo. E, bem, maior visibilidade lésbica do que ela tem, creio que não há.
Mesmo assim, vamos celebrar essa data, de caráter tão político e cultural. Eu vi que em vários espaços, as instituições voltadas para o nosso segmento prepararam uma programação especial, com festa, debates, exibição de filmes etc.
Bom, eu queria fazer o mesmo neste espaço on-line, mas existem óbvias limitações, concordam?
Assim sendo, só queria sugerir um filme que gosto muito, e que tem tudo a ver com o tema, e é assim… A minha visão acerca da visibilidade lésbica, e remete ao exato período em que nasci, de parto inteiramente normal:
NUNCA TE VI, SEMPRE TE AMEI (1986). Uma história de amor, protagonizada por Anne Bancroft e Antony Hopkins.