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Fotografia e Ativismo Queer: Exposição em Chicago Ilumina Momento Revolucionário na História da Cidade

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No último dia 20 de abril, artistas e entusiastas reuniram-se no espaço Dorothy, localizado na 2500 W. Chicago Ave., para celebrar a inauguração da exposição “Images on Which to Build”. A mostra, que agora encontra abrigo no Chicago Cultural Center, apresenta uma coleção significativa de fotografias que narram a história queer desde os anos 70 até os anos 90. Entre os artistas apresentados estão nomes como Diana Solís, Joan E. Biren (JEB), Lola Flash, Morgan Gwenwald e Frank Franca, que também participaram de um painel durante o evento.

Segundo a descrição oficial, a exposição “apresenta uma gama de práticas fotográficas que utilizaram o meio como uma ferramenta para coletividade e empoderamento dentro de organizações de base lésbicas, trans e queer interconectadas.” Antes de chegar a Chicago, as obras foram exibidas no Contemporary Art Center em Cincinnati e no Lesley Woman Museum em Nova York.

Durante o painel, conduzido por Ariel Goldberg, curador da exposição, os artistas discutiram sobre imagens selecionadas, incluindo uma que retrata uma longa fila na abertura da exposição “Body Alchemy” de Loren Cameron em 1986. “Sinto como se estivéssemos dentro de uma versão dessa fotografia hoje, então obrigado a todos por estarem aqui”, disse Goldberg, iniciando o evento sob aplausos entusiasmados do público.

Entre as obras destacadas está “Flexing Our Muscles” de Solís, uma imagem capturada quando a artista residia em Lake View, retratando mulheres demonstrando sua força. Outra fotografia notável é “The Dyke Show” de JEB, que emerge do desejo da fotógrafa de criar um histórico das fotógrafas lésbicas, exibindo Alice Austen e amigas vestidas com roupas masculinas tradicionais.

JEB enfatizou a importância da inclusividade em seu trabalho, vinculando-o ao movimento revolucionário radical da época, que abraçava ideais intersectionais. “Se eu ia falar sobre lésbicas, tinha que falar sobre lésbicas de diferentes raças e classes”, explicou.

A exposição não apenas celebra a arte e a história, mas também ressalta o papel do ativismo fotográfico em enfrentar lutas sociais significativas, como a epidemia de AIDS, que marcaram profundamente a comunidade queer. Flash e Franca compartilharam suas experiências pessoais, destacando a solidão frequentemente sentida por ativistas e a importância de exposições como “Images” para reforçar a sensação de comunidade e continuidade.

Morgan Gwenwald salientou o crescente interesse de jovens de vinte e poucos anos nos Arquivos da História Lésbica, que agora celebra seu 50º aniversário, e incentivou a participação ativa da nova geração. “Quero encorajar todos, independentemente da idade, a reconhecerem que possuem o poder de realizar mudanças que podem melhorar e transformar o mundo”, concluiu JEB, instigando uma reflexão sobre o poder do indivíduo e da coletividade na construção de um futuro mais inclusivo e equitativo.

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Ativismo Queer na Fotografia: Exposição em Chicago Destaca Momento Revolucionário da História

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