in

A internet e seus atalhos

 

De novo não vou falar sobre atualizações no OBSESSÃO. Por quê? Simplesmente porque não tenho o que dizer. Agora que cheguei ao epílogo, ainda não escrevi. Bom, acho que dessa semana não passa.

Depois de publicar dois trechinhos aqui, acho que mesmo quem não acompanha no Orkut conseguiu ter uma ideia do que é afinal a minha literatura. Até então tudo ficava meio teórico. Eu falava das angústias, dos diferenciais, do preconceito quanto ao gênero e tudo mais, mas, ler mesmo, acredito que nem todos já tivessem lido. Hoje pensei em postar um trecho do DOMINAÇÃO, mas devo confessar que amarelei. Não sei, preciso conversar melhor com o pessoal daqui do site pra ver se enquadra. É um livro com muita violência, melhor refletir primeiro.

Enfim, com violência, fetichismo, sexo explícito e tudo mais, o legal é ver que os livros veem tendo aceitação, e eu credito grande parte disso à internet. Creio que a alguns anos atrás nada do que vem acontecendo seria possível. Isso vai desde a edição até a entrega na mão do leitor. Como comentei com um amigo outro dia, quem fazia antes de computador e Internet considera as dificuldades atuais um passeio no parque. É, dá pra ver que não sou um escritor novato né?

O que me motivou a tocar no assunto hoje foi uma grande satisfação que tive. Aliás, ela sempre acontece quando vejo relatório de vendas. Confesso que o que mais me anima não é a quantidade, até porque ainda não posso viver dos livros, mas sim a diversidade geográfica. É muito legal perceber que sou lido nas mais diferentes regiões, por pessoas que nem de longe me conhecem. Quando lancei o primeiro livro, disse ao editor: "Dou mais valor a 10 livros vendidos para desconhecidos do que 100 em um coquetel de lançamento."

E é isso mesmo. Quando você faz um lançamento e convida os amigos, muita gente compra por obrigação. Eu mesmo já comprei muito livro assim. Agora, quando uma pessoa lá do Maranhão, do Rio Grande do Sul, de umas cidadezinhas que você nunca nem ouviu falar, descobre seu livro e faz o pedido… Nossa, não tem como descrever o que significa para um escritor. 

Óbvio que toda vida livros foram vendido assim. O que acontece hoje é que as possibilidades aumentaram demais. Se antes você precisava que um distribuidor corresse o país com seus títulos, hoje um endereço na Internet se encarrega de tudo. Com os prós e contras (dos quais falarei em outra oportunidade), nunca foi tão fácil ser um artista independente.

Aproveitando o ensejo, fica aqui o site que melhor me vende e que coopera mais com os leitores, não cobrando frete: www.comprelivrosgls.com.br.

Beijão!

USP Leste realiza debate sobre homofobia e direitos LGBT

Conheça o candidato de São Paulo ao Mister Brasil Diversidade