O McDonald’s se comprometeu a capacitar seus funcionários quanto a questão da diversidade sexual após dois meninos terem sido discriminados por empregados da rede. As vítimas também irão receber indenização espontânea da empresa.
No dia 26 de julho de 2008, Ryan Marlatt, Teddy Eggers e mais três amigos resolveram almoçar no McDonald’s da cidade de Louisville, nos Estados Unidos. Quando um dos meninos fez o pedido, escutou o atendente atrás do balcão se refirir a eles como "bichas", em diálogo com o colega de trabalho.
Marlatt e Egger não pensaram duas vezes e pediram para falar com o gerente da loja. Enquanto esperavam pelo responsável do restaurante, o mesmo funcionário que os havia insultado iniciou uma discussão com os garotos e, na frente de toda a clientela, voltou a ofendê-los, mas dessa vez os chamou de "boqueteiros" e "putos". Segundo os garotos, o gerente se negou a devolver o dinheiro da compra. Os meninos então resolveram entrar com o processo e foram representados pela American Civil Liberties Unions (ACLU), acusando o McDonald’s de homofobia.
E no processo eles saíram vencedores. A rede de McDonald’s do Kentucky, franquia da qual faz parte a loja em questão, se comprometeu a capacitar seus funcionários sobre diversidade sexual. As 30 lojas da rede de todo o estado irão receber o curso e também terão que pagar como forma de indenização o valor de US$ 2 mil (cerca de R$ 4 mil) a cada um dos meninos.
O diretor da ACLU disse que, apesar do estado ter uma lei que proíbe a homofobia, esse caso "demonstra a importância de seguir divulgando a lei e de estar sempre atento quando os direitos forem violados."