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Morre Cristina Buarque, voz essencial do samba tradicional brasileiro

Irmã de Chico Buarque, Cristina encantou com sua roda de samba na Ilha de Paquetá e deixa legado de arte e resistência

Morre Cristina Buarque, voz essencial do samba tradicional brasileiro

Irmã de Chico Buarque, Cristina encantou com sua roda de samba na Ilha de Paquetá e deixa legado de arte e resistência

Na manhã deste domingo, o Brasil perdeu uma joia rara da música popular: Cristina Buarque, cantora e compositora profundamente ligada ao samba tradicional, faleceu aos 74 anos. Filha do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e irmã dos icônicos Chico Buarque, Miúcha e Ana de Hollanda, Cristina construiu uma trajetória discreta, porém marcada pela entrega à cultura brasileira e à arte do samba.

Morando na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, Cristina mantinha uma roda de samba que era um verdadeiro santuário para músicos e amantes do gênero, um espaço de celebração das raízes e das vozes que muitas vezes ficaram à margem dos grandes holofotes. Seu filho, Zeca Ferreira, compartilhou nas redes sociais uma emocionante homenagem que traduz a essência dessa mulher que viveu para o ofício e para o amor à música.

Uma vida dedicada ao samba e à resistência cultural

“Uma cantora avessa aos holofotes”, assim definiu Zeca a mãe, que preferia o calor da roda e o coro coletivo ao estrelato passageiro. Cristina foi uma curadora apaixonada da música brasileira, buscando nas sombras as pequenas pérolas escondidas do sucesso comercial. Essa busca incansável por uma arte autêntica e de qualidade mostra o compromisso dela com o samba em sua forma mais pura, um legado que inspira e fortalece a identidade cultural do país.

Em tempos em que a visibilidade muitas vezes dita quem merece atenção, a história de Cristina Buarque é um lembrete poderoso para a comunidade LGBTQIA+ e todos que valorizam a diversidade cultural: a verdadeira força está em ser fiel a si mesmo e às suas raízes, mesmo que isso signifique permanecer na sombra, longe do brilho das câmeras.

Legado e inspiração para a comunidade LGBTQIA+

Cristina também representa, para o público LGBTQIA+, a importância da resistência e da autenticidade num mundo que frequentemente tenta silenciar vozes diferentes. Sua trajetória discreta, porém impactante, mostra que o amor pela arte e a coragem de viver com integridade são formas de ativismo cultural e pessoal.

Seu legado na Ilha de Paquetá e na música brasileira é uma herança viva que continuará a ecoar nas rodas de samba, nos corações que batem no ritmo da diversidade e da inclusão.

Hoje, celebramos Cristina Buarque não apenas como uma artista talentosa, mas como um farol de integridade, amor e resistência – uma mãe, irmã e amiga que viveu feliz nas vozes que cantavam junto com ela, eternizando o samba e a cultura popular.

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