O terceiro episódio da sétima temporada de Black Mirror, intitulado ‘Hotel Reverie’, se destaca como uma continuação do aclamado episódio ‘San Junipero’. Com uma narrativa envolvente, a trama apresenta uma história de amor queer que se desenrola em uma simulação de filme criada por inteligência artificial. A protagonista Brandy, interpretada pela talentosa Issa Rae, é enviada para uma dimensão alternativa onde precisa seguir um roteiro para retornar ao seu mundo. O enredo gira em torno de um remake de um clássico britânico, onde Brandy se torna Alex Palmer, um herói de gênero trocado, e se apaixona por Clara, vivida por Emma Corrin.
A complexidade da trama aumenta à medida que Clara, a personagem que representa o amor da vida de Brandy, começa a se tornar autoconsciente. O enredo se complica quando Clara descobre a verdade sobre sua existência e a identidade da atriz que a interpreta. Este momento crucial leva Clara a questionar sua realidade e a natureza de sua conexão com Brandy. A luta interna de Brandy entre manter Clara na ilusão da simulação e a necessidade de protegê-la da verdade é central para o desenrolar da história.
Os temas abordados em ‘Hotel Reverie’ ecoam questões profundas sobre amor, identidade e a busca pela liberdade, ressoando fortemente com a comunidade LGBT. A narrativa não apenas entretém, mas provoca reflexões sobre a realidade das relações queer em um mundo dominado por normas tradicionais e expectativas sociais. O desfecho do episódio, que envolve a morte da personagem Clara nos braços de Brandy, é um poderoso lembrete da fragilidade das conexões humanas, especialmente em um espaço onde a realidade e a ficção se entrelaçam. A série continua a desafiar os espectadores a considerar as implicações emocionais e éticas de um futuro onde a tecnologia pode moldar e recriar o amor de maneiras inesperadas.