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De portas abertas! Hotéis Amistad e Axel fazem sucesso entre o público gay na Europa

O turista LGBT está em alta no mundo inteiro. Cada vez mais existem pacotes turísticos, cruzeiros e eventos diferenciados para este público. E, como não poderia deixar de ser, uma tendência em alta é a criação de hotéis, albergues e pousadas direcionados aos LGBT que vão muito além do rótulo gay-friendly.

A reportagem da revista A Capa esteve em dois hotéis gays na Europa – o Amistad em Amsterdã e o Axel Hotel em Berlim – e conta um pouco dessa experiência.

Hotel Amistad
Amistad em espanhol significa “amizade” e é realmente este o clima que sentimos ao nos hospedar neste hotel de 2 estrelas e 11 anos de vida. Com clima de pousada, o Amistad é comandado “como um bebê”, nas palavras de Joost, o proprietário, que vive com seu companheiro Johan. Joost inclusive ama o Brasil – quase todo ano ele visita o Rio de Janeiro, o que o fez aprender algumas palavras em português.

O imóvel é um prédio antigo, com quartos pequenos mas aconchegantes, todos com computador ou internet wi-fi incluída na diária. Existem várias opções de quartos, desde singles (com banheiro compartilhado) até suítes simples ou requintadas, com preços que variam de 80 a 200 euros (entre R$ 200 e R$ 500). O hotel oferece também opções do tipo bed and breakfast (albergue), mais econômicas num prédio ao lado. O café da manhã (bem) servido até as 13 horas é algo perfeito para quem curte se jogar na balada e dorme até mais tarde.

O Amistad é super bem localizado, bem no meio da área gay, no centro velho da cidade, na rua Kerkestraat. Na própria rua, você tem desde bares como o Bump até um mix de cruising bars e casas noturnas (o conhecido Club Church), assim como ótimos restaurantes e coffee shops. Na esquina, muitas lojas para comprar desde souvenires até roupas e acessórios de grifes caras. Três quadras acima, na rua Reguliersdwarsstraat, há muitas opções de bares gays, como o Taboo e Soho, este último o mais disputado e bem frequentado da cidade. Se você busca festas, tem que ficar de olho nas label parties, como a Fresh.

Amsterdã é de longe uma das capitais mais bonitas (e mais caras) da Europa, cercada de canais como Veneza e tem uma arquitetura de séculos preservada. Muito boa para conhecer andando sem pressa ou mesmo viajando em calmos passeios de barco. No geral, o povo é bem receptivo e fala muito bem inglês. De longe, os maiores atrativos são as conhecidas coffee shops, em que se pode fumar ou comprar maconha de vários tipos e um grande número de museus (como os de Anne Frank e Van Gogh). Mas os pontos turísticos como o Red Light District (em que prostitutas se exibem em vitrines e onde estão os points gays mais tradicionais) não têm o mesmo apelo de antes e a própria cena LGBT já foi bem melhor e mais fervida, segundo os frequentadores.


 

Axel Hotel
A rede Axel é a primeira rede abertamente gay de hotéis, com unidades em Barcelona, Berlim e Buenos Aires. O slogan da companhia é muito sugestivo e mostra a que veio: “Heterofriendly”. Em Berlim, o hotel fica no bairro gay da cidade, Schonenberg, ao lado de muitos bares, casas noturnas e – principalmente – muitas saunas e cruising bars. Para quem busca sexo, certamente a capital da Alemanha é a cidade mais indicada na Europa.

Apesar de ser um ótimo hotel 4 estrelas, o preço é bem convidativo, com ótimos quartos a partir de 69 euros (em torno de R$ 175) a suítes luxuosas a 239 euros (cerca de R$ 600), com café da manhã (muito bom por sinal) cobrado à parte. Sem dúvida, Berlim é uma das capitais europeias mais baratas, embora ainda mais cara que muitas cidades norte-americanas. O Axel Berlim tem uma decoração bem moderna, contrastando preto e ouro, com muitos espelhos e conforto. O hotel possuem 2 computadores com acesso livre que são bem concorridos, e caso opte pela internet no quarto, o preço é de 9 euros (R$ 25) a diária.

A pegação rola mesmo no sexto andar, onde fica a academia, a sauna, a jacuzzi e o solarium, bem mais movimentados que seus bares (Sky, Kitchen e Urban), que, apesar da boa comida, são bem mais caros que a média dos restaurantes na mesma área, que tem uma variada gama de opções de todas as nacionalidades a custo convidativo.

A cena gay em Berlim é excelente e, assim como São Paulo, também tem seu lado mais alternativo no bairro Kreuzberg, algo como o Baixo Augusta. A balada do momento, com muita música eletrônica, fica no lado leste, o Berghain, que não tem hora para acabar. Indispensável também fazer uma visita ao museu gay, o Schwules e – claro – aos pontos turísticos como o Muro de Berlim e o Portão de Branderburgo.

www.amistad.nl
www.axelhotels.com/berlin/

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