Dirigido, escrito e produzido por O. Nathapon, o filme tailandês "Antes do verão chegar", exibido na última segunda-feira (16/11) no Festival Mix Brasil de Cinema, trata de forma delicada os desencontros do amor. Com uma fotografia exuberante nos deparamos com o teatro dentro do cinema, uma quase metalinguagem. Mas, tal estrutura foi a maneira, acertada diga-se, que o diretor encontrou para relatar a historia de dois casais…
O longa tem o ponto de partida em uma discussão entre Pakorn e Phon. Os rapazes debatem se realmente se amam, se a relação deve continuar e se ambos não perdem tempo um com o outro. Posto isso, Phon, que é fotografo, segue viagem e Pakorn permanece em Bangkok para terminar de dirigir a sua peça, que retrata a história de dois amantes que vivem um amor às sombras.
Durante a sua viagem Phon conhece Arunya que, ao contrário do rapaz, está indo ao encontro de seu antigo amor. A moça é a autora do livro que serve de inspiração para a peça que o namorado de Phon está dirigindo. Mas, o que eles não sabem é que o casal a viver uma paixão proibida na peça, ambientada nos anos 70, se trata do pai de Pakorn e da própria Arunya.
A partir desse enredo, um tanto confuso no começo, mas que o diretor magistralmente encaixa no decorrer da produção, entramos nessa história, que pode ser considerada uma fábula a respeito dos encontros e desencontros do amor. Ao mesmo tempo em que Phon e Pakorn divagam se a relação deles é uma perda de tempo, Anuruya se questiona se não errou ao não viver uma paixão com Krung, pai de Pakorn. É o amor debatido de maneira profunda e antagônica.
Além do roteiro genial e da montagem do filme, destaque para a fotografia da produção feita toda em tom amarelado, que dá um aspecto de melancolia constante a história. A trilha sonora também não deixa por menos, repleta de canções populares, e claro, bem tristes.
