Descubra como Marina Sena, Anitta e Ludmilla reinventam o pop nacional com ritmos e referências marcantes
O pop brasileiro vive uma transformação pulsante, guiada por artistas que misturam tradições, tendências e identidade para criar um som que é a cara do Brasil contemporâneo. Marina Sena, Anitta e Ludmilla são exemplos brilhantes dessa reinvenção, trazendo à tona influências que vão do samba e brega até o funk proibidão e o pop internacional — tudo isso com uma pegada autêntica e empoderada que ressoa especialmente com o público LGBTQIA+.
Marina Sena: entre o axé e a psicodelia tropical
Com seu terceiro álbum, Coisas Naturais, lançado em março de 2025, Marina Sena explora uma sonoridade que flerta com a psicodelia e os ritmos tropicais, mesclando reggae, brega e batidas de funk carioca. Sua trajetória inicia-se com uma MPB sensual que lembra ícones como Gal Costa e Marisa Monte, mas agora ela ousa experimentar gêneros como afrobeats e pop psicodélico, colocando seu nome entre as vozes mais inovadoras do cenário nacional.
Canções como “SENSEI” e “TOKITÔ” são provas da busca constante de Marina por autenticidade e frescor, refletindo uma artista que se reinventa sem perder as raízes brasileiras. Esse movimento ressoa com uma geração que celebra diversidade e pluralidade musical, mostrando que o pop pode ser, sim, um espaço de experimentação e identidade.
Anitta: a rainha que conecta o Brasil ao mundo
Anitta segue em sua missão de levar o funk carioca e outras sonoridades brasileiras para o palco global, com os álbuns Funk Generation e Ensaios da Anitta. Enquanto o primeiro traz uma pegada internacional, cantada em múltiplos idiomas e com uma produção eletrônica que dialoga com o pop mundial, o segundo reforça as raízes nacionais, com parcerias que exaltam o axé, o brega romântico e o funk.
Inspirada por divas como Beyoncé e Rihanna, Anitta mistura ritmos latinos e brasileiros para criar um som potente, que já garantiu a ela prêmios internacionais como o MTV Video Music Award e indicações ao Grammy Latino. Essa mistura explosiva de referências é um convite para que o Brasil e o mundo celebrem juntas a riqueza da cultura pop LGBTQIA+ e periférica.
Ludmilla: da favela para o samba e além
Ludmilla é uma das maiores representantes da versatilidade do pop brasileiro, transitando com maestria entre funk, samba, pagode, R&B e trap. Após começar sua carreira como MC Beyoncé, ela evoluiu para uma artista que abraça diferentes estilos, consolidando seu espaço com projetos como Numanice #3, focado no samba e pagode, e VILÃ, mais urbano e contemporâneo.
Sua influência de Beyoncé é clara, especialmente em faixas que combinam o funk carioca com beats internacionais e colaborações que atravessam fronteiras musicais. Ludmilla representa a força da mulher negra nas artes e uma voz essencial para a comunidade LGBTQIA+, mostrando que o pop brasileiro é plural, diverso e cheio de potência.
O pop brasileiro como expressão de identidade e resistência
Ao observar as trajetórias de Marina Sena, Anitta e Ludmilla, percebemos que o pop brasileiro atual é uma verdadeira colcha de retalhos sonora, que une tradição e inovação. Essas artistas não apenas seguem tendências, mas também as ressignificam, trazendo à tona suas vivências, raízes culturais e o orgulho de suas identidades.
Para o público LGBTQIA+ do Brasil, essa nova fase do pop representa mais do que música: é um espaço de acolhimento, representação e celebração da diversidade. É nesse cenário que o pop brasileiro se firma como uma força cultural potente, que ressoa nos corações e nas pistas, unindo pessoas em um ritmo que é, acima de tudo, libertador.