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O pão e circo de Bolsonaro

Por favor, me tragam o pãozinho, quentinho com manteiga derretendo… Porque de circo, meu amor, eu já estou cheia… Ainda mais o circo de Jair Bolsonaro, deputado carioca do Partido Progressista (que incoerência!). Afinal, como pode se dizer progressista alguém que defende a Ditadura Militar? Mas no Brasil, como tudo é esculhambado mesmo, então deve estar valendo…

Depois de receber um e-mail e um convite para gravar um programa, que promete ser babadeiro, comecei a separar minhas coisas – entre elas, as joias de família que cruzaram o Atlântico – e deixei a TV ligada no CQC, o programa da rede Bandeirantes com Marcelo Tas, Marco Luque e Rafael Bastos. Quase arranquei um bife do meu dedo quando vi na tela o tal deputado, Bolsonaro. Ele estava participando do quadro "o povo quer saber" (assista abaixo), onde as pessoas fazem perguntas e o convidado responde. Prato cheio para o deputado levantar a lona e começar o show no seu picadeiro. Entre as perguntas uma questionava se ele estava com saudades do ex presidente Lula ao que ele respondeu: "Não, de jeito nenhum, né? Eu tenho saudades de pessoas sérias como o Médici, como o Geisel, Figueiredo" (todos presidentes na época da Ditadura Militar). O que ele faria se tivesse um filho gay foi outra pergunta feita e ele respondeu: "Isso nem passa pela minha cabeça porque tiveram uma boa educação. Fui um pai presente, então, não corro este risco". Aliás, o filho do deputado estava na mira. Preta Gil perguntou a Bolsonaro o que ele faria se o seu rebento se apaixonasse por uma mulher negra. E novamente, o deputado já foi pro atraque e disse: "Oh, Preta. Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente, como lamentavelmente, é o teu".

Que ele não tem nada de progressista, que é homofóbico e que adora dar declarações para atrair os holofotes da mídia, isso todo mundo está cansado de saber. Aliás, de baphos e holofotes uma drag entende muito bem… Agora, essa bobagem que ele respondeu pra Preta Gil foi a coisa mais sem sentido que eu já ouvi na vida. E olha que  já ouvi coisa sem noção, hein mona? Primeiro, porque ele não responde diretamente a pergunta que ela fez (ou então a pessoa que fez a edição tava colocada). Mesmo que ele tenha respondido exatamente assim sem sentido mesmo, o que também não é de se duvidar – tá aí os debates políticos que não me deixam mentir – ficou tudo muito estranho, dando margem para as mais diversas interpretações. Um branco bem educado, então, não namora com negro? Não entendi… E quem falou em promiscuidade, porque a Preta nem pronunciou esta palavra… Gente, eu to meio confusa até agora. Ou será que é porque eu misturei hormônio com Rivotril?

Brincadeira à parte, precisamos estar atentos em época de eleição e votar com muito cuidado. E mais, precisamos fazer algo urgente contra as atitudes de Bolsonaro. Temos que entupir o e-mail da Comissão de Direitos Humanos da câmara e mostrar o quanto estamos nos sentindo ofendidos com as declarações do ex-militar. Aconselho que terminem de ler o post e em seguida façam isso. O endereço é: cdh@camara.gov.br,

Bolsonaro, preste atenção: Coronelismo só fica bem nos livros do Jorge Amado e Ditadura Militar em seriado de TV… Repense, fofo!

Tá dado o recado…

Beijo, beijo, beijo… Fui…

A (r)evolução do e-book

Preta Gil será nomeada “Diva Madrinha” da Parada Gay de São Paulo