O Conselho Social e Econômico da Organização das Nações Unidas (ECOSOC ONU) garantiu a ILGA (Associação Internacional Lésbica, Gay, Bissexual, Transexual e Intersexual) o status de conselho consultivo, o que permite a ONG participar dos programas e objetivos da ONU, falar em seu próprio nome e atuar como consultora para governos e secretariados.
30 países votaram a favor do status consultivo (Índia, Itália, Japão, Letônia, Malta, México, Mongólia, Nicarágua, Noruega, Peru, Coreia do Sul, Eslováquia, Espanha, Suíça, Ucrânia, Reino Unido, Estados Unidos, Venezuela, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, Equador, Estônia, Finlândia, França, Alemanha e Hungria), 13 foram contra (Iraque, Marrocos, Namíbia, Paquistão, Qatar, Rússia, Arábia Saudita, Senegal, Bangladesh, Camarões, China, Egito e Gana) e 6 se abstiveram de votar (Guatemala, Ilhas Maurício, Filipinas, Ruanda, Bahamas e Costa do Marfim).
"Esse é um dia histórico para a nossa organização, que cura uma ferida de 17 anos", disse o co-secretário geral da ILGA, Renato Sabbadini, durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, onde ocorreu a votação.
Pedro Paradiso Sottile, secretário para América Latina e Caribe da ILGA, disse que conceder status consultivo à entidade é "um ato de justiça e razão para a comunidade internacional se orgulhar". "Nós acreditamos que esse status ajudará nossos ativistas ao redor do mundo em suas missões", falou Sottile.
No Brasil, a ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros) ganhou status consultivo junto à ONU em 2009.