Religioso fervoroso e assumido, o novo ministro da Família e da Deficiência da Itália, Lorenzo Fontana, de 38 anos, causou polêmica ao rechaçar a constituição de famílias homoafetivas [formadas por pessoas do mesmo sexo]. “Sou católico, não escondo isso. E por esse motivo acredito e digo que as famílias são as naturais, onde uma criança deve ter um papai e uma mamãe”, afirmou ele em entrevista ao Corriere dela Sera, um dos jornais mais famosos do mundo. Fontana ressalta que nunca falou nada contrário ou que possa ser considerado agressivo aos gays, mas justificou sua opinião baseado no modelo de uma “cultura relativista”, no qual não existem as comunidades, mas sim as famílias, que são a primeira e mais importante comunidade da nossa sociedade”. Após a repercussão negativa da fala do ministro, outros políticos, como o ministro do Interior e vice-premier, Matteo Salvini, tentou amenizar a polêmica, dizendo que “Fontana é livre para ter suas ideias. Porém, elas não são prioridade e não estão no nosso contrato de governo”. Entidades representantes dos direitos das lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros também repudiaram a fala de Lorenzo Fontana. “Estou chocada em ver um ministro da Família assim distante da realidade em que vive”, afirmou Marilena Grassadonia, presidente da associação “Família Arco-Íris”.