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“Sou sensível. Não me sinto gay por causa disso”, diz Reynaldo Gianecchini

A edição de setembro da revista GQ Brasil traz uma entrevista especial com Reynaldo Gianecchini, que também ilustra a capa da edição.

Em um artigo de 10 páginas assinado por Fred Melo Paiva e com fotos de Daniel Klajmic, Giane posa com roupas de grifes como Hermès, Zegna, Armani Exchange e Dolce & Gabbana. No papo, ele conta sobre sua experiência com o câncer linfático descoberto em 2011 e do qual está curado, a morte do pai, também de câncer, sobre filhos e a chegada aos 40 anos.

Entre outras confissões, o ex de Marília Gabriela conta que é um homem de extremos e que já viveu uma fase "zen-budista", quando era modelo e procurou se conectar com o "cosmos", para viver depois uma fase baladeira, de sair para a noite sete vezes por semana. Giane também confessou que não planeja ter filhos.

Sobre o câncer, Reynaldo afirmou ter experimentado o medo e procurado se conectar com o que estava dentro de si, acompanhando a jornada do pai. O ator, que estará no remake de Guerra dos Sexos, próxima novela das 19h na Rede Globo, também disse que a doença lhe concedeu um sentimento de ser "macho", embora não no sentido de sexualidade: "A doença me trouxe isso de colocar o pau na mesa, de ser mais senhor da minha vida, de ter as rédeas comigo. É algo que também vem com os 40, porque você não é mais um menino que tem de agradar a todo mundo. Mas o câncer acelerou isso em mim", conta. "Eu podia ficar fragilzinho, chorando no meu canto. Escolhi ser macho".

A palavra, no entanto, fez o artigo de Melo Paiva enveredar pela área sexual. Segundo o articulista, a "história de que é gay" é um assunto que consegue tirar o prumo de Gianecchini. "Acho muito babaca as pessoas tentarem te colocar em determinadas gavetas, ainda mais nesse departamento que é tão maluco, né? Eu não sei como surge essa história, mas também tem coisa que eu estou cagando para o que vão pensar", dispara Giane. "Eu acho que o ser humano é muito louco. Dizer que você tem de ser aquele cara que não bebe, que não sei o quê… Ok, mas você é um sujeito que não bebe que eventualmente pode beber, sabe assim? O ser humano não é uma coisa só", conclui o ator.

Mais para frente, Reynaldo Gianecchini diz que, por ter sido criado com muitas mulheres ao lado, tornou-se um homem mais sensível: "Eu sou uma pessoa sensível e acho legal ser assim. Não me sinto gay por causa disso. Ao contrário, me sinto muito homem – um homem sensível. Legal isso", arremata.
 

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