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5 sentidos: Paladar

Feche os olhos. Respire devagar e busque, por alguns instantes, se lembrar dos sabores de sua comida predileta… Da temperatura, das texturas dos diferentes ingredientes. Inevitavelmente, esta lembrança lhe trouxe algum sentimento, lhe remeteu a alguma situação… Ou, no mínimo, lhe deu fome.

Nossos sentidos são assim. Trabalham juntos, sempre, e normalmente relacionamos a uma situação especial a algum dos sentidos. Um gosto, por exemplo, pode remeter a um lugar, a uma época, a um sentimento bom ou ruim… e a uma pessoa.

Todas nós temos um gosto especial e único. Nossa pele, nossa boca, nossa língua, nossa vagina e ânus têm sabores que são nossas marcas registradas. Assim como a forma que sentimos os sabores da outra pessoa também é única, pois cada uma tem uma sensibilidade maior a um sabor.

Todas nós somos capazes de distinguir apenas 5 sabores – doce, salgado, azedo, amargo (gosto predominante do jiló, por exemplo), sendo que para alguns o quinto é o umami (gosto do glutamato monossódico) e para outros, como os adeptos da medicina ayurvédica, o picante. Cada parte da língua é responsável por sentir um sabor diferente (veja desenho). Todos os outros sabores são resultado da mistura destes 5 (ou 6?), que, juntamente com o aroma e a textura, formam o gosto. Saber reconhecer os sabores e aprimorar o paladar é uma habilidade, que pode (e deve) ser desenvolvida.

Impossível ignorar a importância do paladar durante qualquer contato físico mais íntimo que temos com outra pessoa, seja um beijo na balada, na hora da transa e, principalmente, durante o sexo oral. O gosto de uma garota pode facilmente alimentar ou destruir o desejo. Mas, como cada mulher sente os sabores de uma forma diferente, uma coisa que pode ser insuportável para uma pode despertar desejo na outra – ainda bem. O paladar pode ser tão importante que já vi mulheres se apaixonarem depois de terem feito sexo oral, dizendo que se maravilharam com o gosto uma da outra… Pura química.

Com atenção, podemos perceber as diferenças do gosto de nossa parceira, e cada gosto pode estimular um tipo de desejo diferente. Um gosto mais salgado, de suor, por exemplo, pode nos inspirar um desejo mais “selvagem”, enquanto o gosto de pele limpa depois de banho tomado pode provocar um desejo mais “terno”. Podemos ficar loucas a cada vez que a beijamos e sentimos o gosto do Halls que ela usou antes do primeiro beijo, ou do vinho que tomaram na primeira noite juntas… As possibilidades são infinitas.
Para aquelas que são muito focadas nos outros sentidos, existem algumas “brincadeiras” que podem ajudar a desenvolver o paladar:

Coloque uma venda nos olhos (sim, é importante porque sem a visão nossos outros sentidos ficam mais aguçados), peça para seu amor fazer uma seleção de comidinhas de diversos sabores, temperaturas e texturas e lhe dar, pouco a pouco, com muita calma e tempo para você apreciar cada sabor. Ela pode também misturar as comidas, para criar novos sabores, inverter a ordem em que são oferecidas, como, por exemplo, oferecer um limão com sal e depois um marshmellow, já que a ordem pode aumentar ou diminuir a sensibilidade para um determinado gosto, e também pode passar os alimentos pelo corpo dela para depois dá-los para você… Ui!

Outra forma de desenvolver o paladar é beijar e passar a língua muito, mas muito devagar, buscando sentir os sabores da boca e do corpo dela. E também fazer sexo oral sem a menor pressa, sentindo os sabores, as texturas, a temperatura, e utilizando pontos diferentes da língua, pra sentir os diversos sabores com mais detalhe, até o ponto em que ela e você ficarão enlouquecidas… Maravilhoso, para ambas as partes…
Com criatividade e entrega, o paladar pode ser um poderoso aliado para noites, dias, tardes e manhãs inesquecíveis. Arrisquem-se, e tenham doces surpresas. E na próxima coluna, o irmão siamês do paladar: o olfato.

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