Aline D., nossa nova colaboradora, não se define como escritora de contos eróticos.
“Sou romântica, não consigo deixar de sê-lo. Meus contos são mais românticos que sexuais, mas terminam sempre com uma boa dose de sexo.”
A seguir, seu conto de estréia no Dykerama:
Carioca da Gema
– Quero aquela mulher para mim – pensei, assim que entrei no bar em Copabana, em uma de minhas idas ao Rio de Janeiro.
Morena, deliciosamente sorridente e com um corpo tão cheio de curvas que meus olhos se perderem tentando percorrê-las.
– Olha quem está ali? – disse a amiga que me acompanhava apontando justamente para a mesa da morena.
Eu mal podia acreditar. Seria apresentada a ela muito mais rápido que imaginei.
– Boa noite – falei timidamente, me aproximando.
– Paulista? Ela perguntou, meio irônica.
– Como sabe? Perguntei, intrigada.
– Tu tem cara de mané!
Aquilo foi um balde de água fria, mas não o suficiente para congelar meu desejo de possuí-la.
Sorri enquanto olhava discretamente os seios apertados dentro do sutiã pequeno demais para aquele volume.
– Senta, paulista. Toma uma cerveja bem gelada e esquece aquela tua cidade cinza. Tu tá no Rio, rapá!
Obediente, sentei ao lado dela de maneira que pudesse olhar bem para aquelas coxas grossas, salientes dentro daqueles shorts minúsculos.
– Ai que delícia de mulher – eu pensava, enquanto imaginava mil formas de arrastá-la para um quarto.
Nenhuma oportunidade real surgiu naquelas horas de papo agradável, mas um e-mail no final da noite alegrou meu coração.
– Me add no MSN – ela disse, anotando o endereço no guardanapo.
– Sim, senhora – bati continência enquanto piscava para ela sorrindo.
– É assim que eu gosto! – ela sorriu de volta, despertando ainda mais o meu tesão.
De volta à terra da garoa, não me demorei em adicioná-la no Orkut, no MSN e onde mais tivesse foto daquela beldade carioca.
Ficava horas me deliciando com aquelas imagens que povoavam meus pensamentos, me fazendo latejar de desejo em ter aquele par de coxas na minha cama.
Não demorou até que nossas conversas tomassem o rumo que eu queria. Ela estava cada dia mais “saidinha” e eu cada dia mais tarada.
– Quando você vem para São Paulo, carioca?
– Quando você quiser, minha paulista linda.
– Este final de semana? – provoquei, ansiosa
– Pode ser.
Rapidamente entrei em um site de uma Cia aérea e comprei as passagens. Ela chegaria na sexta e iria embora na segunda pela manhã. Um final de semana inteiro para me deliciar naqueles seios volumosos, naquela bunda linda e durinha que ela empinava pra mim pela web cam. Dois dias e duas noites inteiras para me afogar naquela boca carnuda.
Fui buscá-la no aeroporto. As mãos geladas e suadas de tensão foram rapidamente substituídas por excitação quando a vi sorrindo, vindo em minha direção.
Nos abraçamos fortemente, demoradamente e ficamos assim, sem sequer lembrar que estávamos em público.
No meu apartamento, já esperava por ela um chão forrado de pétalas de rosas vermelhas, uvas, morangos e um champagne gelado. Na cama, um edredon carmim compunha o cenário perfeito para nossa primeira noite de sexo.
Agarramos-nos e nos beijamos com tal fome e sede que, sem nem perceber, já estávamos nuas, nos enrolando uma na outra em uma dança de corpos tão doce e suave que só duas mulheres são capazes de fazer.
Eu já estava escorrendo de tesão quando aquelas mãos hábeis tocaram meu grelho, me fazendo gemer baixinho em seu ouvido.
– Hoje você será minha do jeito que EU quiser, entendeu? – ela sussurrou enquanto colocava dois dedos dentro de mim, metendo fundo, me preenchendo inteira.
Metia, com intensidade, com carinho, com desejo, devagar e depressa, me enlouquecendo de prazer.
– Não! Não goze agora, quero que você rebole na minha boca – ela ordenou, deitando de costas e me puxando pra cima dela, ajoelhada de maneira que minha boceta ficasse inteira dentro da sua boca.
Foi a minha primeira experiência com alguém que tivesse piercing na língua e delirei com aquela jóia pressionando meu clitóris dolorido de tanto tesão.
– Vai gata, me faz gozar agora, vai! – eu gemia alto enquanto rebolava pra ela, que revirava os olhos de prazer.
Sem conseguir segurar mais, deixei o gozo me invadir sentindo aquele calor subindo e descendo, amolecendo minhas pernas, me fazendo tremer de descontrole.
Deitei por cima dela e fiquei, até minha boceta parar de pulsar e latejar em um gozo prolongado.
Recuperada, falei baixinho em seu ouvido:- Agora é sua vez, carioca, vou te mostrar o que as paulistas tem.
Eu já sabia que ela gozava com penetração. Peguei meu dildo, estrategicamente preparado debaixo do travesseiro, coloquei a camisinha e a lambuzei com KY Warming, para aumentar o seu prazer.
Primeiro eu fui por cima, no típico “mamãe e mamãe”, sentindo aquela mulher deliciosa embaixo de mim, gemendo mais e mais cada vez que eu metia nela.
Nossos corpos colados de suor, deslizando, os sussurros dela no meu ouvido nos enlouqueceram de prazer.
– Puta que pariu como tu mete gostoso, paulista – ela dizia sem parar
– Calma que eu ainda nem comecei, carioca – eu provocava, segura da minha experiência
Coloquei ela de quatro na beira da cama e fiquei de pé, por trás dela. Primeiro eu meti dois dedos, sentindo aquela carne pulsante dentro dela, melada de tesão.
Depois fui penetrando o dildo bem devagarinho, provocando, instigando. Colocava um pouquinho e tirava, um pouquinho e tirava.
– Mete, mete, vai, mete! – ela urrava
E eu meti, fundo e comi aquela mulher como ela nunca havia sido comida na vida.
– O que é isso? O que é isso? – ela falava, perdendo os sentidos de tanto prazer.
– Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh meu Deus! – ela gritou, caindo na cama de exaustão que só um gozo intenso provoca.
Tirei o dildo e me deitei por cima dela, sentindo ela desfalecendo por baixo de mim, entregue, plena, realizada.
– Paulista, eu nunca senti isso com ninguém – ela falava carinhosa enquanto fechava os olhos e adormecia de esgotamento.
– Dorme meu anjo moreno, dorme – falei baixinho no seu ouvido, certa de que teríamos mais desses orgasmos maravilhosos até que ela voltasse para o Rio.