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Encontro às Escuras

A conheci por acaso na internet. Uma mulher interessante, culta, inteligente e música.Tinha dez anos a mais que eu, morava em outro estado. Ainda assim não conseguimos nos conter durante noites e mais noites de bate-papo pelo msn e skype, onde trocamos idéias,falamos sobre filmes, músicas,poesias e relacionamentos.

No início teve receio pela diferença de idade entre nós duas, me dizendo que quando eu estava nascendo ela já tinha sido alfabetizada. Eu sempre respondi com sorrisos e insistência.

Chegou o dia de ela ir tocar em outra cidade e eu recebi o convite para conhecê-la pessoalmente em tal ocasião. Uma música sensível e inteligente que me aguçava a curiosidade, me fez aquela proposta indecente e de ir passar três dias com ela em outro estado, durante sua temporada de apresentação no Teatro Municipal. Uma mulher tão linda e sensível quanto encantadora e galanteadora, que me causava frio na barriga e paixão irrefreável.

Num surto de loucura e sem pensar duas vezes, fiz minhas contas, arrumei minha mala e deixei todas as minhas coisas para trás. Inclusive uma namorada a quem eu amava. Foi difícil ser sincera e dizer que estava saindo de Brasília para conhecer alguém de São Paulo no Rio de Janeiro às escuras. Que estava apaixonada de uma hora para outra. A verdade sempre dói e machuca alguém. Mas antes verdade do que covardia e egoísmo. Então eu voei até a cidade maravilhosa com o coração na mão e as mãos geladas.

Desembarquei e ela estava me esperando com o celular na mão. Liguei, nervosa, e disse com tom de brincadeira tentando disfarçar aquele nervosismo: ” oi, você não me deixou aqui sozinha no aeroporto de uma cidade que eu não conheço,não é? Se quiser me devolver, me avisa…”

Pude vê-la sorrindo de longe. Trocamos nossos primeiros olhares pessoalmente. Como ela era mais bonita pessoalmente! Ela era minha delicadeza em pessoa. Caminhei até o seu abraço e nos grudamos ali, na frente de todos, até à alma.

Nervosa,suando,corada, fiquei tagarelando e reclamando do calor todo o tempo até pegarmos um táxi até o hotel. Sim, o hotel estava reservado para nós duas.

Chegando ao hotel subimos até nosso apartamento, descarregamos nossas malas e nos sentamos na cama de casal. Nos olhamos com sorrisos nos olhos e no rosto.Sorrisos felizes e envergonhados, tímidos. Me deitei devagar na cama, como se a tivesse convidando para se dividir comigo. Ela foi se debruçando sobre meu corpo, com os olhos grudados nos meus, com vontade de me ter enfim. A meia luz do abajur ligado realçava suas curvas delicadas sob sua sombra em minha direção. Meu coração acelerava, minhas mãos suavam e eu sentia borboletas voando dentro de meu estômago e peito. Essa mulher tinha um domínio sobre mim que nenhuma outra tivera antes em tão pouco tempo. E estávamos nos vendo pessoalmente pela primeira vez,mas eu já gostava dela.

Deitou o corpo sobre o meu corpo,quente,macio e cheiroso. Nossos corações batiam no mesmo compasso acelerado e a mágica daquele momento nos invadia a cada segundo a mais.

“Que bom que você veio…”, ela me disse com os olhos
“Que bom que você não quis me devolver…” , eu respondi em pensamento.

E,por mais loucura que aquilo pudesse conter, era uma loucura maravilhosa de ser vivida e sentida.E nem a distância ou a diferença de idade seria um espaço entre nós duas.

Não dissemos uma só palavra. Olhos nos olhos, sorrimos . Ela foi encostando os lábios em minha boca semi-aberta, pronta para se entregar, à medida em que ela me apertava com o peso do seu corpo em cima do meu, no mesmo calor e desejo.

O primeiro beijo delicioso, promessa de outros eternos. Ela tinha a boca tão rosada e macia que minha vontade era não mais sair daquele quarto, daquela posição.
Eu fui invadida por aquela mulher de tal forma que o mundo poderia acabar naquele instante que não me faria diferença: eu a queria mais do que a noite quer a lua cheia. Me sentia sensível e delicada nos seus braços.

Ali eu era sua e não me importava quanto tempo aquilo duraria.

Abri minhas pernas devagar para senti-la entre elas. Fomos nos apertando uma à outra cada vez mais intimamente e intensamente, enquanto nossas bocas não desgrudavam. Ela tirou a roupa devagar, como quem estivesse dançando suavemente e eu fiz o mesmo para ela. Ficamos nuas uma para a outra e voltamos a nos sentir assim naquele calor.

Quando seu íntimo me tocou, quente, macio e molhado, foi seu carinho que me naufragou suavemente. Abri minha boca para sentir sua alma e mais uma vez fui invadida da cabeça aos pés.

Devagar fui me dando, me afogando,deixando com que nossas línguas se confundissem tanto quanto um nó que não tinha mais para quê se desfazer.

Ela tirou as duas mãos do meu rosto e foi descendo, percorrendo meu corpo todo suado de desejo, até apertar minha cintura cheia de desejo de me possuir.

Revirei os olhos, joguei a cabeça para trás e ela trouxe a boca até meu pescoço, me mordiscando suavemente com a boca toda molhada de tesão. Senti sua mão descer até meu sexo molhado e vulnerável àquele fogo que me ardia de paixão. Abri mais as minhas pernas, me dando inteira para que ela me possuísse entrasse em mim.

E ela assim me possuiu: passou os dedos delicadamente no meu sexo quente e se lambuzou de mim. Fazia movimentos alternados em velocidade e força até que eu soltei um gemido em seu ouvido e ela me penetrou com seus dedos tão profundamente que pareceu querer resgatar de mim algo seu que estivesse perdido no meu mais íntimo.

Eu era dela, entregue,molhada,possuída,gemendo e suando. Ela era minha com seu corpo pesando sobre o meu, com sua boca no meu pescoço e boca, com seus dedos me fodendo deliciosamente: entravam e saiam de dentro de mim à medida que meus gemidos loucos ecoavam no quarto daquele hotel. Depois me acariciava e esfregava os dedos em meu nervo rígido, por ela.

Ofereci meus peitos à sua boca, ela os agarrou faminta e começou a chupá-los de uma forma alucinógena. Eu não dizer ao certo o que mágica tinha ali mas eu sei que ela pôs meus bicos contra sua língua e céu da boca e eu fui e voltei da lua um milhão de vezes.

Enquanto ela chupava meus peitos e metia seus dedos freneticamente em mim, eu me oferecia e me dava mais e mais, tremendo,suando,gemendo em seu corpo e em suas mãos.

“Vem, se roça em mim,linda. Eu quero teu sexo no meu”,pedi carinhosamente.

Senti o quanto ela estava molhada por me possuir e fiquei com ainda mais tesão naquela mulher. Abrimos nossas pernas e nos encaixamos uma na outra, nos esfregando deliciosamente, dançando aquele ritmo delicioso que só duas mulheres conseguem alcançar…
Ela estava com a boca novamente na minha enquanto nos ardíamos de tanto fogo e paixão, enquanto eu me dissolvia nela e ela em mim. E assim, num nó declarado, nos tocamos e dividimos nossas almas apaixonadas de forma tão cruel. Sim, era cruel porque ela me fazia sentir a mulher mais frágil do mundo ao seu lado e me tinha com a maior delicadeza,gentileza e sensibilidade que alguém pudesse ter. Era como se ela lidasse comigo como quem estivesse tocando a parte mais doce de sua própria essência.

Naquele momento os cabelos dela caíam por cima do meu rosto e me embriagavam do seu perfume maravilhoso, aquele que era somente dela, da pele, do cabelo. Tinha o peso sobre o meu, a boca espremida na minha e esfregava a boceta na minha latejando de tanto prazer. Eu era a mulher mais amada do mundo e agradeci rebolando junto com ela e tremendo de amor até que,finalmente,gozamos juntas.

Anitta Schver é editora do blog Querida Bolacha
http://www.queridabolacha.blogspot.com/

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