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Explore seu prazer sexual

Assisti à “Anjos Exterminadores”, sobre um cineasta que produz um filme sobre a nudez feminina e seus tabus. Basicamente, ele é composto por várias cenas de sexo intenso entre mulheres.

Achei extraordinário que o filme pontua, sem malícias e enrolação, a forma crua e nua do sexo. Por mais que exista amor entre duas mulheres no fundo elas estarão, sim, sempre realizando o sexo pelo sexo.

Infelizmente nascemos dentro de um conjunto social que vê o sexo como algo “animal”. E pior: se o sexo for anal, é considerado pecaminoso. Mas no fundo não somos todos animais racionais? Não entendo o porquê de todo esse drama…

Na Amazônia há uma tribo de índias que são lésbicas. Além do sexo entre mulheres, lá também é incentivada a prática de sexo na frente de crianças e não vestir roupa no dia-a-dia. Isso demonstra que a relação sexual é natural e normal.

Fico horrorizada com o conceito que algumas pessoas têm de achar que ter tabus e certos “receios sexuais” apimenta a relação. Quero saber: que relação? Porque é tão mais intenso e natural quando uma mulher faz realmente aquilo que deseja e não precisa de horas a fio tentando adivinhar ou suportando, aceitando e respeitando a vontade da parceira.

Carl Gustav Jung descreve um processo que todos devem passar chamado “individuação”. Segundo Jung, um indivíduo identifica-se menos com as condutas e valores encorajados pelo meio no qual se encontra e mais com as atitudes desejadas de seu próprio eu.

Quando duas pessoas estão bem resolvidas sexualmente, essa é a expressão máxima de que o indivíduo conseguiu adaptar-se e inserir-se com sucesso dentro do seu ambiente. Isso é autônomo, independente e próprio. Acontece somente porque alguém viu a necessidade de crescer e descobrir que há algo além do que foi orientado.

Temos aí um problema, porque quando alguém chega neste processo, acha que fazer sexo é o mesmo que dar prazer à outra menina. E não é bem assim. Duas meninas podem fazer sexo e não chegar ao orgasmo e isto não quer dizer que o sexo foi ruim. Nem todo sexo precisa de orgasmo.

Dar prazer é o desenvolvimento de uma relação mútua e atenciosa consigo e com sua parceira, e isso demanda tempo e experimentação do corpo e de suas formas sexuais.

Quero terminar este texto só deixando uma mensagem. Há também um engano em relação ao sexo na terceira idade e menopausa, ainda mais entre lésbicas. Se prazer precisa de sexo, todo mundo pode fazer sexo desde que consiga achar alguma forma de prazer. E você só consegue isso experimentando. O prazer nunca acaba, se transforma de acordo com nosso corpo para estar sempre em nossa vida.

Faça sexo sem receio. Faz bem para alma, corpo e mente!

E nunca esqueça de se prevenir.

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Loucura