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Reconciliação

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Desde à tarde o clima estava estranho. Tentávamos quebrar o gelo depois da discussão séria, mas tudo era entremeado por silêncios incômodos. Até então, tudo corria bem. Tínhamos planejado essas férias durante meses e o momento parecia o menos apropriado para discussões e mal entendidos.

Depois do jantar, fomos para o hotel. Entramos no quarto quietas, poucas palavras, gestos e olhares que sabíamos o que significavam. Estava bem frio e, tentando deixar o clima mais aconchegante para acalmá-la, fui acender a lareira. Tentei puxar conversa, ela deu um sorriso forçado, mas tinha a expressão de tristeza e devagar, começou a chorar baixo. Busquei tocá-la, mas ela me afastou com um gesto. Como a conhecia há tempos, resolvi sair do quarto e deixá-la um pouco sozinha.

Fui para frente do hotel e fiquei olhando para a noite linda e gelada de Canelas. Não podia acreditar que perdia a noite ali, sozinha, enquanto ela chorava no quarto, também sozinha. Mais calma, decidi ir conversar com ela e resolver tudo.

Ao tentar entrar no quarto, a porta estava trancada. Bati, e ela não atendeu. Sentei-me na frente da porta, pensando no que fazer – não esperava ter que dormir no sofá do hall do hotel. Minutos depois, ouvi seus passos vindo em direção à porta. Ela a abriu. Deu um sorriso lindo, não parecia mais tão triste e, sem nem dar tempo de eu pensar em nada, me puxou pra dentro do quarto. Linda. Usava um vestido preto curto que eu havia dado, que deixava suas coxas grossas à mostra. Os cabelos soltos, um pouco avermelhados por conta da luz da lareira, e uma cara que eu conhecia bem. Ao fundo, uma música daquelas que te fazem pensar em muito sexo.

Jogou-me no sofá e beijou minha boca como se me chupasse. Só pelo beijo senti que já estava completamente molhada. Tentava tocá-la, mas ela não deixava, o que me excitava ainda mais. Continuava me beijando passando a língua em minha boca, colocando minhas mãos para trás. Entregue, entrei no jogo. A noite era dela.

Começou a dançar ao som da música. A vontade de arrancar seu vestido e chupá-la inteira, ali mesmo, estava me matando. Nunca a havia visto tão linda e tão minha. Dançava olhando fixamente para mim, e eu me sentia latejar de tesão. Continuava me beijando de um jeito enlouquecedor, sempre se afastando quando eu tentava tocá-la.

Tirou parte do vestido e colocou minhas mãos por cima dos seios dela, rígidos. Só então pude tocá-la. Tirei o restante de sua roupa enquanto a beijava e, quando achava que nada poderia ficar melhor, percebi que estava de cinta-liga, meias, espartilho e com uma calcinha delicada e minúscula. Observei-a por alguns instantes, até ela me chamar com o olhar.

Já completamente louca, tirei sua calcinha, deixando todo o resto, a e a puxei para mais perto de mim. E então, finalmente ela me deixou fazer o que eu queria.
Sentou sobre mim e fez meu dedo sentir o quanto ela estava molhada. Suas unhas curtas arranhavam meus ombros, enquanto meus dedos entravam firmes em seu sexo, que ela apertava só para me provocar. Seus quadris mexiam-se para frente e para trás, enquanto eu mordia seu colo, seu pescoço e seus seios. Ela pediu mais, mas antes de oferecer o que ela queria, deitei-a no chão, na frente da lareira.

Abri suas pernas, e pude ver toda sua excitação. Despi-me com pressa, enquanto ela me olhava, sedenta. Ajoelhei-me à sua frente, ela colocou os pés nos meus ombros. Toquei-a devagar, sem conter um suspiro de prazer ao senti-la encharcada. Penetrei-a com firmeza, primeiro um, depois dois, três dedos, como eu sabia que ela gostava, enquanto que, com a palma de minha mão, pressionava seu clitóris.

A lenha da lareira crepitava, e a luz do fogo queimava em seu rosto. Ela me puxou para junto dela, me beijando, enquanto rebolava em meus dedos e se esfregava em minha mão. A boca entreaberta de prazer, o cheiro de seu sexo, o espartilho preto, a textura das meias, seus gemidos, suas mordidas.
Comecei a sentir sua vagina contraindo-se, e soube que estava perto do gozo. Acelerei o ritmo e aumentei a pressão com que a penetrava. Ela me puxava para perto, com as mãos e as pernas. Pouco antes de gozar, entre gemidos, pude ouvir:

– Eu te amo…

Suas unhas pressionaram minhas costas. Ela me abraçou, e soltou um grito. Maravilhosa. Minha.
Passamos a noite toda assim. Se alguém nos visse transando, certamente pensaria que éramos duas desconhecidas famintas por sexo. Nunca imaginariam o tanto de amor que estava contido em cada mordida, em cada rebolada. Fizemos as pazes, depois de uma madrugada inteira de amor.

Nós seguimos!

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